terça-feira, julho 25, 2006

Eu já simpatizei com o Dunga num passado distante

Lá no final da década de 70 e início da de 80, o pequeno Sidarta gostava das histórias que sua mãe contava para ele e seu irmãozinho. A do Sete Anões era uma das preferidas e o anão Dunga, junto com o Feliz, eram os meus preferidos.

Anos 70, 80, 90 e todo o segundo milênio depois de cristo se passaram e eu já não posso manter a coerência. O Dunga é um atraso para o futebol brasileiro. Se querem que o Brasil jogue como a Itália e tenha um treinador inexperiente, que chamem o Genero Ivan Gattuso ou o Maldini. Um é a essência da retranca italiana e o segundo é habilidoso e fez fama como zagueiro com um monte de gente na sua frente.

Eu não acho que o Scolari queira voltar para cá e aguentar jogador estrelo, impressa pentelha e torcedores carentes. Creio que o risco da era Dunga II, a retranca continuará, ficar até a África do Sul é bem maior do que o Brasil crescer economicamente e distribuindo renda. Sei que esperança é coisa de jovens e não tenho muito mais desse luxo para gastar a toa por ai.

Não sei o que acham, mas assistir ao Calcio é uma bosta. Só retranca para lá e para cá. A vitória da Itália sem o seu 10 é um sinal claro do que eles presam. O Toti, o Baggio ou qualquer outro meia italiano nunca ficam com as glórias. É sempre um zagueiro, um volante. O Pirlo não é meia para mim. No Milan ele fecha o meio para que o Kaká leve a bola para o ucraniano. A prova maior que a bola na Bota é quadrada, para um par de olhos brasileiro, é o Émerson. Quem não viu a bola que ele jogou no Grêmio, pesquisem. O cara é um Mauro Silva piorado e na Juventus ele fazia até gol!

Vi o Muricy elogiar o Parreira em uma entrevista que lhe perguntaram o que achava da saída do Pé de Uva da Seleção. O técnico do São Paulo falou que o ex-seleção sabia tudo de futebol. Uma coisa é uma e outra coisa é outra coisa! Pera lá, Professor, espero que tenha falado isso baseado em alguma ética profissional, pois eu discordo. O Corinthians do Parreira é a prova que ele sabe armar times não muito defensivos e que dão muito valor à posse de bola, mas não faz dele um Telê. Por mais que Dunga e turma representem o “que empate o melhor”, futebol ainda se ganha com gols; um gol, dois gols, três gols, gols no plural.

Futebol "total", "moderno", "competitivo", chamem do que quiserem, é uma coisa; todo mundo atrás é outra. Com quantos o time do Dunga vai atacar, interrogação! Até que ele prove que pode botar o time para frente, eu não ponho a minha mão no fogo não e não vou defendê-lo. Não sou a mãe dele ou a Branca de Neve.

Se não fizerem o Kaká, o Ronaldinho e os outros estrupícios jogarem para frente, haverá quem jogará. Provavelmente, contudo, não será um novo Maradona que os argentinos acabaram de descobrir, de novo. Ser viúva do Pibe é uma bosta, nem argentino mereceria isso.

Abraços,

2 comentários:

Yvan Lima disse...

Poxa Sidarta, jura que vai adotar a linha "Não vi e não gostei", essa mesma tão criticada dos nossos "jornalistas" esportivos?

Não boto minha mão no fogo pelo Dunga, sem fujo do fogo. Simplesmente não sei. Que tal esperar pra tecer algum comentário com um mínimo subsídios?

Sidarta Martins disse...

O que acho tá lá na postagem http://nacal.blogspot.com/2006/07/lado-bom-do-dunga-ou-pura-iluso.html , Yvan. No final das contas, eu não posso fazer outra coisa senão esperar mesmo.

Abraços