domingo, agosto 27, 2006

Do futebol como uma das belas artes

No futebol, como nas nossas outras distrações, a crítica especializada tenta nos forçar a crer no surgimento do time da década ou do jogo do século a cada semana.
Também há os que se prendem a um jogo ou campeonato e evitam a possibilidade de apreciar o que está sendo produzido atualmente.
Outro dia, conversando com o Rodrigo, falamos sobre as jovens promessas de 94/95 e constatamos que alguns estão por aí; outros...
Juninho ainda não era o Paulista, Sávio corria bastante, Robert até fazia gols, Giovanni parecia ser o grande novo craque, Ramon prometia bastante. Daquela safra, alguns estiveram sempre na berlinda, como Rivaldo, Ronaldo, Edmundo e Roberto Carlos. Válber e Leto se tornaram interrogações. Denner deixou aquela sensação de que poderia ter sido. E o Super Ézio? O Valdeir The Flash? O Sinval? A dupla Elivélton - Eliel? O Tonhão?
Sim, foram muitos atores e muitos roteiros.
Leva um certo tempo para poder ver com alguma isenção e eleger os grandes de uma época.
Enquanto isso, é bom ir ao cinema, escutar os discos (álbum é algo que não consigo ouvir), ler os livros, ver os jogos. E, enquanto não temos a certeza de cravar a genialidade de alguém, curtir ao máximo o que elencos razoáveis nos permitem.

Um comentário:

Lucas disse...

Não é só no futebol que aparecem gênios de época. Há muitos cantores de um só disco ou de uma só música. Comercialmente, há escritor que lança um best-seller que fica semanas na lista dos mais vendidos e os seguintes ficam encalhados...