terça-feira, setembro 19, 2006

E.E.U.U. e o futebol brasileiro

O modo de produção capitalista é pródigo em produzir inigüidades, mas, por outro lado, é ótimo para dar espaço e recompensar o talento.

Acho que é por isso, por dar espaço para o talento, para a qualidade, que os E.E.U.U. são o que são na economia, nas ciências, nas artes, em suma, em quase tudo. Os caras, lá na américa do norte, não são uma meritocracia plena, claro -- olhem o caso do Bush Pai e Bush Filho trapalhão; mas são umas das sociedades mais meritocráticas do mundo.

O nosso futebol daqui é o espaço mais meritocrático da anti-meritocrática sociedade brasileira. Aqui filho de rico não vai preso, vai prás boas escolas e o de pobre só pode tentar a via do futebol para tentar vender o seu talento e ter uma vida confortável.

As peneiras dos grandes clubes brasileiros não são nada republicanas, mas um grande jogador, que não passar por elas, terá outras possibilidades de entrar na grande grana dos melhores jogadores brasileiro. Quantos não começam em um clube pequeno e vão pela via mais longa e penosa até um grande clube ou até o exterior!

É por acreditarem na verdade de que no futebol há justiça para com os talentos, independentemente da cor, da escolaridade, da família, que leva tantos jovens buscarem este caminho.

Qual é a conseqüência? Muitos, milhares ou, talvés, milhões jovens brasileiros optam por trilhar a via do futebol como opção de trabalho. Deste modo, da quantidade, o Brasil tira a excepcional qualidade de seus jgadores de futebol.

Os E.E.U.U. adotam a quantidade para obter a qualidade em seus desportistas. Só que eles fazem isto de modo mais humano quando promovem os esportes nas escolas secundárias e nas universidades. Assim, quando um jovem não consegue chegar à NBA, pode seguir a sua vida com as outras habilidades que obteve nas High Schools ou Universitys.

Abraços,

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