sexta-feira, dezembro 28, 2007

Um dia memorável

– Tchau, pai! Tô indo ao Maraca ver o Zico jogar!

A frase não tem vinte anos. Ela foi proferida ontem por mim, ao sair da casa dos meus pais para o Maracanã ver o jogo entre o time do Flamengo de 1987 e um combinado de amigos do Zico.

No time, faltaram apenas Bebeto e Jorginho. Até Renato jogou, hostilizado pela torcida até o último minuto. Também, depois de tirar um título do Rubro-Negro com a barriga e dirigir os dois maiores rivais do time no Rio de Janeiro!

Eu nem esperava tanto quando Zico cobrou um pênalti com absoluta precisão, deixando Acácio pregado no centro do gol! E a torcida? "Ei, ei, ei, o Zico é nosso rei!" – meus olhos se encheram d'água! Há quanto tempo eu não ouvia esse grito? Quase vinte anos! E o que foi o Andrade driblando o Edmundo (Ah! É assassino!) na área do Fla? Humilhante!

No segundo tempo, flashback total: tabelas de Zico e Júnior, gol do Zico driblando zagueiro, Uri Geller dando drible de elástico, Djalminha no travessão, rebote de Júnior... "na traaaaave!". Fim de jogo: 8 x 5 para o Fla '87.

Saí de lá com a alma lavada. Se tem algo que é inigualável é, de fato, a alegria de ser rubro-negro. Só o sabe quem é.

3 comentários:

Anônimo disse...

o fato de nesses vinte anos não ter aparecido nenhum jogador para fazer história ajuda nessa devoção toda, não é?
os vascaínos, depois de dinamite, tiveram romário e edmundo.
mas para quem confia em obina...

Sidarta Martins disse...

Uma vez Flamengo
Sempre Flamengo
Flamengo sempre eu hei de ser
É o meu maior prazer
Vê-lo brilhar


exemplo clássico da arte imitando a vida.

Sujeito Oculto disse...

Adoro esses comentários anônimos. O Flamengo ainda ganhou um brasileiro depois disso, o Vasco também. Mas se compararmos hoje qual time é melhor...