sábado, janeiro 05, 2008

Dualibidolina

O Machado fez um Bentinho inseguro e enciumado. A personagem do Bruxo do Cosme Velho pode ou não ter traído o bunda mole do Sr. Santiago, tanto faz. Pois, o mágico é a capacidade da obra literária poder ser lida com muitos olhos sem ser esgotada.

Sei que a Maria Fernanda Cândido é bem melhor que o Dualibi. Mas corinthiano sofredor não pode se dar ao luxo de escolher sua Capitolina. Muito pelo contrário, tem de estar vinculado ao caminho mais difícil para não perder a identidade que indulgentemente autoconcede-se.

Lembro-me de uma palestra em que a Lygia Fagundes Telles defendeu ardorosamente a menina de Mata Cavalos. Naquele momento, percebi que tinha lido livro com os olhos do basbaque do Bentinho. Reli a obra e vi tudo diferente. Outra vez que reler, também será diversa.

Sou meio contra filmarem a obra do Machado, nem vi este filme que serviu para a minha colagem. Mas prestou pra tentar fazer a minha graça.

De qualquer forma, vi um Alberto machadiano no ano passado. Não foi uma única vez que ouvi um corinthiano de quatro costados defender o ex-Presidente Campeão do Mundo. Afinal, masoquismo tem limite, tal como este título provou.

O Fora Dualibi puro e simples é tão ralo quanto falar que Bento era cornudo. Será não entendem que se fosse um cara angelical os corinthianos não teriam o valor que têm entre os outros torcedores. A fibra, a raça e cabeça dura dos torcedores do time do Dualibi é que os tornam tão especiais. Será que alguém vai me dizer que o Sanchez não é cria do homem?

Abraços,

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