sábado, julho 19, 2008

Leite não sai de Pedra

Quinta passada assisti ao filme Kung Fu Panda com Mamãe. A estória trata do destino de cada um e, principalmente, da força definitiva que controla as nossas vidas. O caminho de cada um já está traçado. Só é dada a opção de se aceitar o destino traçado e fazer bem feito o que lhe é oferecido.

É claro que há muitas aventuras e cenas lindas no desenho animado. A obra não se resume a um fatalismo incontornável.

O basquete brasileiro está fora dos Jogos Olímpicos. Quando escutei essa notícia no rádio, perguntei-me: Mas o Basquete não havia morrido!?

Nos anos 80, não ia aos campos de futebol de Rio Claro (o Agüinha nem jogava praticamente!). Eu e meus amigos assistíamos aos jogos da Equipe rioclarense de Basquete. Era raro ver uma derrota na quadra. Desde que não se joga mais Basquete em Rio Claro, Piracicaba, Sorocaba e Franca, entendo que não há Basquete por aqui.

O Brasil não é um País Desenvolvido. Ou seja, não dá para ter vários esportes de ponta. Esse tipo de luxo só é dado às sociedades ricas ou às autoritárias. Foi, de certa forma, natural o que rolou com o basquete.

O futebol é a vocação do brasileiro. A bola que é jogada por aqui tem uma inspiração profunda na alma de um povo. Tal qual o Panda e o Kung Fu, o Brasil e o Futebol estão unidos de forma imanente.

Os títulos conquistados pelo futebol arte brasileiro colocam a necessidade de auto-aceitação para produzir algo relevante. Antes de vencer aos outros, é necessário parar de lutar contra si mesmo.

Fico com Platão. Arte é fruto de muito esforço e dedicação em conjunto com a inspiração divina. O pupilo Aristótoles resumia a arte ao domínio de técnica necessária a sua produção. Garrincha e Maradona não se explicam sem a lição platônica.
(Retirado do quadro Escola de Atenas de Rafael Sanzio)

Abraços,

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