quarta-feira, novembro 12, 2008

Marcos pisou na bola

Todos viram o desespero de Marcos ao tentar o empate contra o time gaúcho no último final de semana.
As câmeras focalizavam o descontentamento de Luxemburgo.
Muitos aplaudiram a atitude do arqueiro, outros reprovaram.
Martinez e Luxemburgo não gostaram, falaram que ele queria aparecer para a torcida, "ser o santo".
Marcos pisou na bola.
Mas não foi ao tentar exibir seus dotes de atacante.
Pisou na bola ao contemporizar, ao assumir, mais uma vez, a culpa. A derrota no domingo nasceu na escalação equivocada da equipe e encontrou bastante amparo na desatenção da zaga.
Passou pela atuação surpreendente de Tcheco. Como marcador, não como armador. O meia estava em todos os lados do campo e parecia um Maldonado ou, para usar um símile gremista, um Dinho.
Na atitude de Marcos, estava inscrita a satisfação do torcedor, o receio de sair da luta pelo título e, ainda, ver ameaçada a possibilidade de Libertadores pelo time de seu ex-treinador.
Luxemburgo peitou o atleta mais identificado com o Palmeiras na última década.
Era a chance de Marcos se impor. Mas ele recuou, pediu desculpas, falou que não era bem assim, e coisa e tal.
Pisou na bola.

Um comentário:

Sérjão disse...

Discordo um pouco de você, Marcio. Apesar de identificar-me com o Marcos (deveria ser do Parque São Jorge, isso sim), acho que, como capitão, ele não poderia ter tomado uma atitude dessa. Acaba desestabilizando a equipe toda. Nada que se compare ao destempero do André Luis, jogador do Botafogo, é claro. Mas acho que ele foi mais torcedor do que jogador profissional. Óbvio que o Luxa é inflado demais pra admitir alguém maior que ele num time em que é treinador. Mas, nesta queda-de-braço, acho que o "manager" vai acabar rodando, ainda mais se não levar o título pro chiqueirão...