sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Menino de organizada

Um colega me contou a interessante história da relação de seu filho com as organizadas.
 
Hoje o menino já tem seus 11, 12 anos. Por sorte, a criança tem um pai sãopaulino que soube dar-lhe uma boa educação  clube-futebolística.
 
Tudo começou no primeiro jogo de futebol que o garoto assistiu em um estádio. Com seus cinco anos de idade, lá nas numeradas azuis do Morumbi, a criança tomou contato, pela primeira vez,  com um jogo de futebol, com a torcida, com as emoções do Estádio de Futebol.
 
A organizada fica lá em cima, bem longe das numeradas azuis no Cícero Pompeu de Toledo. Mas a distância não foi barreira para que a criança ficasse fascinada pelas músicas, pelas coreografias, realizadas pela massa.
 
Desde lá, até os dias de hoje, o menino foi só se encantando cada vez mais pela mágica que um organizada exerce sobre a garotada. Fazer parte de uma organizada, para quem está se formando, quem busca ser aceito, é algo muito importante, bem tentador  .
 
A organizada dá voz, valoriza, os adolescentes que a integram. Ter uma boa música, uma coreografia, participar de um espetáculo que é televisionado para muitos é a grande oportunidade para um jovem. 
 
Eu me lembro bem do Cássius, um colega que estudou o ensino médio comigo. Ele era um corinthiano roxo que ia pegar o ônibus da sua organizada na estrada, lá em Rio Claro, para assistir os jogos de seu time quase todo final de semana. O humor dele era vinculado à campanha do seu time. É claro que quando seu time perdia, os seus colegas de classe faziam questão de tirar um barato da cara dele. 
 
É claro que  isso  não é uma tela florida somente. Rola muita barbaridade também nesse espaço organizado. Mas não dá para jogar a criança fora junto com a água do banho. Sem elas poderia  não poderia ser bem pior?
 
Abraços,
 

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