sexta-feira, março 20, 2009

A superestrutura que persiste

Em honra aos furúnculos esquerdistas que viviam no bumbum do teórico das lutas de classes, gostaria de cometer outra heresia: aplicar Marx ao ludopédio.

 

Do pouco que sei do barbudo, as revoluções tem causas profundas e são conseqüências quase que necessárias com o passar do tempo se não se adapta às novas realidades.

 

A idéia é basicamente a seguinte: há o que ele chama de superestrutura que domina e uma base sócio-econômica que é controlada pelos de cima.

 

Para que haja uma certa forma de dominação, é preciso que haja uma compatibilidade entre as categorias. Por exemplo, não adianta a Igreja reclamar que não tem mais influência hoje em dia se as pessoas não vivem mais na Idade Média.

 

Isso, por exemplo, acontece em casa também. Aquele pai que fala para a sua filha de 6 anos que há um bicho-papão no quintal durante a noite deve mudar o seu discurso com o passar do tempo se não quiser ser vovô uma década depois.

 

Mas, passando para o futebol, o Mundo mudou muito economicamente. A China é a maior credora da dívida externa estadunidense e o Brasil, quem diria, também é um dos grandes credores do Tio Sam.

 

Assim, o futebol europeu tende a perder força para os times de fora dos tradicionais da Europa Ocidental e ser mais valorizado fora, nos mercados emergentes.

 

No entanto, não tenho certeza que essa forma de gestão que é aplicada à CBF, às Federações estaduais e à maioria dos clubes se perpetue.

 

Ao olhar para a minha bola de cristal vejo que algumas notícias de corrupção sairão das obras para a Copa nossa de 2014. A depender do volume delas, o estrago poderia ser suficiente para dar uma limpada na área futebolística.

 

Pode ser que seja muito mais uma vontade minha do que uma visão de futuro fundada em fato. Mas, enfim, vou aguardar pra ver o que rola por ai e tomar algumas atitudes práticas que possam contribuir para que tenha-se um futebol melhor administrado por aqui.

 

Abraços,

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