Os jornais dão destaque à contratação palmeirense.
Parece-me, contudo, que seja muito barulho por nada.
Vágner Love é um daqueles jogadores que não pagam a lenda.
Profissional desde 2003, não chegou aos cem gols, o que é pouco para um atacante de seleção.
Aliás, o fato de ele ser constantemente chamado à seleção seria intrigante, não fossem as outras frequências duvidosas dos últimos tempos.
Seus maiores feitos foram a artilharia da série B, a de um Paulista e de um campeonato russo (que é pouco pior do que o paulista; perguntem ao nosso correspondente em Moscou).
Na verdade, a euforia palmeirense se prende a motivos sentimentais, àqueles momentos de superação da série B. Love nunca foi da primeira divisão dos artilheiros. Mas é um grande marqueteiro. Chega ao Brasil com um discurso ensaiado de África-2010. Espera fazer um punhado de gols e ganhar apoio da imprensa para sua convocação. Mas isso já foi feito bem antes por Ronaldo, que é melhor em gols e propaganda.
O pior problema, porém, é a pose de estrela com que Vágner retorna. Os outros jogadores tolerarão? A torcida aguentará quando nem ele nem Obina marcarem gols?
O Goiás espera ansioso.
4 comentários:
O Palmeiras ganhou como presente o Love e pode ganhar um presente maior sendo campeão brasileiro.
Não sou palmeirense e o Love não é mesmo esse craque todo, mas vai cair como uma luva no time alviverde. Acho que esse ano cai mais um grande jejum palmeirense, depois de muitos anos sem títulos importantes.
E a hegemonia paulista no BR continua, com 7 títulos na década.
Muricy e Love será uma relação interessante de se ver.
Acho que depois da sua saída do SPFC, o Muricy vai ficar mais político com os jogadores.
Dor de cotovelo é uma coisa séria.
Quem seria bom, Borges? Dagoberto? Dentinho? Ronalducho?
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