Queira a CBF dar este Brasileirão pro Adriano?

Tudo, portanto, que advém de um tempo de guerra, onde cada homem é inimigo de outro homem, igualmente advém do tempo em que os homens vivem sem outra segurança além do que sua própria força e sua própria astúcia conseguem provê-los.


Não acho que o quê essas palavras pesadas que Hobbes escreveu no Leviatã estejam certas o tempo todo; mas, também, não dá pra dizer que ele estava a falar asneiras.

No trabalho, nesta semana mais curta que passou, os colegas sãopaulinos comentaram uma curiosa conjunção de fatos que podem indicar que a venturosa CBF ficaria mais feliz com um Campeão Brasileiro de fora da zona sul paulistana.

O que estou a falar não é nenhum ponto fora da reta. Por exemplo, lá no continente de Hobbes, se investiga um esquemão criminoso que teria manipulado vários jogos importantes de muitos campeonatos do Velho Mundo.

Não acho que por aqui esse tipo de coisa não possa rolar nunca. Ou ninguém ouviu falar de um tal Edílson?

Não sei direito se por isso ou por aquilo, mas o fato é que os grandes clubes do Rio têm uma posição privilegiada dentro da CBF. Quem quiser negar isso vai ter de, por exemplo, enfrentar o fato do Sr. Dr. Roberto Horcades ser cardiologista do Sr. Ricardo Teixeira e presidente do Fluminense Football Club ao mesmo tempo.

Agora, tendo todas essas cartas na mesa, como não sem ficar sem nenhuma pulguinha atrás da orelha? Veja estes quatro fatos:

1) Suspensão de três jogos de Jean;

2) Não é dado efeito suspensivo para as suspensões de Jean, Dagoberto e Borges;

3) Interdição do Morumbi;

4) Corinthians e Flamengo fora de Sào Paulo.

O quê o Jean fez não foi igual aos rolos que Borges e Dagoberto se meteram. Já teve um monte de gancho que só é cumprido depois que o campeonato acaba. Por que não foi mantida essa prática?

Pode ser que eu esteja só a procurar pelos em ovo, mas tem uma frase famosa que explicaria bem alguma ingerência que esteja a rolar por aqui:

Aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei (de Getúlio Vargas)

Abraços,