domingo, maio 22, 2011

Cenas de uma estreia

Cena 1: Ronaldinho Gaúcho, gordo, caminhando em campo, acelera um pouco e faz um gol. O locutor diz que o lance lembra os melhores momentos do jogador nos tempos de Barcelona. Ronaldinho chama os colegas para comemorar. Eles hesitam e, por fim, se unem à estrela. O Gaúcho parece ter mais cartaz com a mídia do que com seus companheiros.
Cena 2: Lúcio, do Grêmio, à beira do gramado, assume a culpa pela penalidade que terminou no gol de empate do Corinthians. Lúcio, numa só frase, foge do choramingo tradicional dos derrotados e, como réu confesso, derruba os comentaristas reticentes.
Cena 3: Kléber dribla o zagueiro e faz um belo gol. Se o time do Palmeiras ainda não dá pinta de favorito, conquistou seus primeiros pontos numa goleada por 1 a 0 e repete, com Scolari, os ensinamentos do futebol italiano: quem não toma gol nunca perde.
Cena 4: Rogério Ceni conversa com seus companheiros de time. Há um certo olhar de descrença. O goleiro, depois de jogar todas as partidas do campeonato passado, é substituído no segundo tempo. Desacostumado, sai de campo com a braçadeira, que depois foi dada a Rodrigo Souto. Por alguns instante, o São Paulo ficou sem seu capitão e sem qualquer substituto.
Cena 5: Justificando os pedidos da torcida por sua entrada, Alessandro chuta cruzado dentro da área e vira o jogo para o América diante do Bahia, que abriu o placar com gol de Souza, em pênalti duvidoso. Se, como pensam os analistas, os dois realmente brigarem para não cair, o América ganha pontos importantes e sai na frente. Como Coelho que é.
Numa estreia em que quinze clubes só se preocupam com ele, o Campeonato Brasileiro pede atenção desde o começo e promete boas cenas.

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