O anão fez bem o seu trabalho no jogo amistoso entre as seleções do Brasil e da Argentina.
Efetivamente, o Professor Dunga conseguiu que o time tivesse aplicação tática e vibração e merece um parabéns por isso.
Não é fácil um ex-jogador que vira técnico ter sucesso nos dois lado da lateral. O Valdir Pereira, o Didi, é uma prova disso, o cara foi craque na Seleção, jogou com o Garrincha no Botafogo e com o Pusckas e o Di Stefano o Real Madrid, e não teve muito sucesso como técnico (pelo menos não tem títulos expressivos).
O jogo foi um belo exemplo de como a vitória no futebol é algo tênue e precário até que o os 45 minutos do segundo tempo se encerrem.
Os argentinos perderam uns gols feitos por falta de sorte ou de capricho. Foi o, mais uma vez, o famoso Deus quem quis assim, nada além disso explica o resultado. Mesmo quando estava só 1 a 0, no primeiro tempo, quando o Brasil dominava taticamente Argentina, o pequeno Tevez deu uma cabeçada perigosíssima que foi para fora, mais uma vez, por uma opção divina, para os crentes, ou do acaso, para os seguidores de Darwin.
O "e se" não entra em campo para muitos, mas eu não consigo ver um jogo sem considerá-lo. Aliás, não é só eu quem crê que há forças além das humanas atuando na definição de um placar. O Dudu Cearense e o Kaká acham que o Senhor em que eles acreditam é fundamental, já o Platão achava que uma obra artística é feita apartir da inspiração das Musas em conjunto com a técnica. O futebol brasileiro, as tabelas e dribles do Robinho são arte.
O contrário do bom que é inspirado, sortudo ou abençoado é o Thiago ou o Danilo do São Paulo. A uns tempos atrás os caras acertavam tudo e agora tão numa inhaca que custou, por exemplo, o Tetra na Libertadores e tá ameaçando a liderança no Brasileirão.
Agora, a frase do Milton Neves fica: pedala Robinho; se fode Tevez!
Aliás, na geopolítica do futebol, gostei de ver o respeito que o jornal portenho Clarin se submeteu quando formulou a seguinte pergunta "?Le pareció que fue un error empezar este nuevo ciclo de Basile ante un rival tan fuerte como Brasil?" aos leitores de seu sítio. Achei que o Não fosse ganhar dispardo, mas me enganei. Na resposta à pergunta 49% escolheram "Sí"e 51% "No", 4024 votantes.
Hermanos sudamericanos, gracias por "tan fuerte como Brasil"!
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