Li no jornal que os torcedores do Barcelona elegeram sua equipe dos sonhos. O time é: Zubizarreta, Puyol, Koeman, Sergi; Deco, Cruyff, Guardiola, Maradona, Ronaldinho Gaúcho; M. Laudrup e Romário.
Analisando o escrete imaginário, tem-se um grupo formado por três jogadores excepcionais (Cruyff, Maradona e Romário), dois bons meias (Gaúcho e Deco), um ótimo goleiro e um punhado de marcadores voluntariosos.
É possível esboçar algumas conclusões e/ou constatações:
1- Parece tendência de todo amante do futebol (exceto os italianos) a escalação de um time ofensivo. Tenho pena de Guardiola e Koeman nesse time;
2- Cruyff jogou na década de 70; Maradona na de 80; Zubizarreta, Koeman, Sergi, Guardiola, Laudrup e Romário, na de 90; Deco e Gaúcho estão aí. Ou seja, a memória do torcedor, ao menos o barcelonista, não vai muito longe. É preciso lembrar que Cruyff foi técnico do clube nos anos 90, estando, assim, mais fresco na cabeça dos aficionados atuais. Sempre que é formado um time ideal no Brasil, os jornalistas da velha guarda invocam nomes de priscas eras (as suas). Fica a pergunta: será que quando eles montaram os seus times ideais deram a devida atenção aos jogadores de trinta ou quarenta antes. Creio que não, porque o futebol, acima de tudo é uma arte que precisa ser testemunhada.
3- A Espanha nunca produziu um time decente. Vejam a seleção de 94 (antes da invasão pós-Bosman): Zubizarreta, Ferrer, Alkorta, Abelardo, Sergi, Nadal (o tio do Rafael), Otero,Goicotxea, Caminero, Bakero e Luis Enrique. Hoje na Liga, o único jogador nativo que vale a pena ver é David Villa. Raúl, o grande craque da mídia, não entraria na minha seleção do Guarani de todos os tempos (lembrem-se que no Guarani já jogaram Evair, Careca, Edmar, João Paulo).
4- Torcedor não perdoa. Só para citar os mais recentes, pois dos antigos ninguém se lembra, Ronaldo e Figo foram desprezados.
5- Creio que na elaboração de uma lista de favoritos, há a influência clara da infância, do país e do clube de coração. Assim, assumidamente parcial, faço uma lista de minhas preferências. É claro que essas listas dizem respeito a hoje e, conforme o estado de espírito variam.
Melhores jogadores que vi jogar: Maradona, Zidane, Romário, Zico, Baggio, Careca, Edmundo, Dario Pereyra, Rivaldo e Baresi.
Melhores goleiros que vi jogar (a distinção goleiro/jogador é da regra do futebol): Rodolfo Rodríguez, Taffarel, Chilavert, Dida, Zetti, Goycochea, Zubizarreta, Schumacher, Preud’homme e Pfaff.
A ordem das listas é aleatória e escolhi dez como número. De fora, ficaram muitos. Entre eles alguns que gostaria de ter visto mais, como Falcão e Sócrates; outros que não jogaram tanto tempo, como Basten, Redondo e Denner; outros com alguns momentos excepcionais como Neto, Gullit e Hagi.
O time do São Paulo (ao torcedor de outros times, peço a contribuição), entre os jogadores que eu vi: Zetti, Cafu, Oscar, Dario Pereyra e Serginho; Cerezo, Maldonado, Raí e Silas; Muller e Careca.
O Brasil: Taffarel, Jorginho, Mauro Galvão, Ricardo Rocha e Júnior; Cerezo, Mauro Silva, Zico e Rivaldo; Romário (Careca) e Edmundo.
6- Recomendo aos leitores o site do IFFHS (iffhs.de) para checar as listagens “científicas”.
7- Quanto assunto furado nas férias. Desculpem-me.
Um comentário:
E não é que cê conseguiu uma desculpa pra publicar tuas listas?
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