Um dos depoimentos mais tocantes que vi de um jogador foi o de Mozer.
Já aposentado, levando uma vida tranqüila, chorou para a câmera da TV Cultura ao agradecer a Zico, a quem, segundo o zagueiro, devia tudo o que conquistara.
A humildade de Mozer me fez lembrar das vezes em que o vi jogar. De fato, Mozer não era um grande zagueiro. Só para ficar nos 80, Ricardo Rocha, Ricardo Gomes e Oscar eram mais completos. Mas, num time com Zico e Júnior, um jogador regular se torna bom; e o bom, ótimo. Caso parecido é o de Palhinha, no tricolor da década de 90. Ou Roberto Carlos no Palmeiras e no Real. Ou ainda Donizeti, que, ajudado pelo Maravilha, fez muita gente acreditar que era um bom atacante.
O caso de Mozer é especial porque jogou com o melhor jogador brasileiro de sua geração (e talvez o segundo melhor do mundo nos anos 80). Zico salvou muita gente. E um deles foi Carpegiani. Campeão do mundo, Carpegiani surgiu como técnico vencedor, porém, nunca mais provou ser capaz de tanto. Também nunca mais teve Zico como comandado. O mais próximo que chegou disso foi com Chilavert.
Não será Roger que recriará sua carreira. Nem Lulinha.
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