quarta-feira, maio 30, 2007

Agressão a árbitros e conseqüências*

Dando continuidade a minha humilde opinião, quase que semanalmente, e como estou sendo absorvido e publicado pelos blogs Blog do PAULINHOTABELINHA F.C.PITACOS DO BODAUM, a quem agradeço o acolhimento, e a publicação da mesma.

É de se lamentar o ocorrido no último sábado, 19 de maio, na cidade de Presidente Prudente, quando pela disputa do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, que é equivalente a quarta divisão estadual, em que os litigantes foram a equipe local que leva o nome da cidade contra o Assisense, da cidade de Assis. A partida ocorreu no estádio que leva o nome do ex-presidente da FPF, Eduardo José Farah, de triste memória e que, em meu entender, jamais deveria de ter seu nome citado em quaisquer eventos futebolísticos e várias Câmaras Municipais que, propositura de seus vereadores concederam-lhe o título de cidadão, dentre estas está a Câmara Municipal de São Paulo. Título este que o mesmo recebeu em 1992 e foi por mim contestado, via fax enviado ao autor da triste condecoração, o então vereador Antonio Carlos Caruso.

O que me chamou a atenção nesta partida, conforme assisti no programa GLOBO ESPORTE, foi a covarde agressão sofrida pelo árbitro Juliano Basalia Pereira, após o encerramento do jogo, vencido pela equipe de Assis, pelo placar de 1 a 0. Impetrada pelo goleiro reserva da equipe local, de nome Willian, que, aproveitando-se de um pequeno tumulto em torno do árbitro, desferiu-lhe um soco no rosto, naquilo que, na prática, chamamos de “escama” ou “crocodilagem”, a chamada covardia.

Em meu entender, captando o ocorrido através das imagens televisivas, faltou ao árbitro a chamada malandragem, que ao meu tempo se adquiria nas difíceis disputas pelos campos da chamada várzea futebolística, nos quais ocorriam diversos tumultos, socos e outras coisas mais. O árbitro tem de estar ligado à todo momento, em todos os movimentos quando da formação de quaisquer tipos de tumultos. E todos os demais, além dele e seus possíveis auxiliares, são seus inimigos, estão ali no intuito de aprontar alguma. Ninguém está ali para oferecer-lhe cafezinho. É o exato momento de seguir o lema do escotismo, ou seja, estar sempre alerta.

Espero que o Tribunal de Justiça da FPF, tome as medidas cabíveis ao caso e, se possível, reforça-las, para que esses fatos não se tornem corriqueiros dentro de campo, como já são nas arquibancadas e cercanias de todos os estádios brasileiros. Além do que, o Campeonato Paulista da Segunda Divisão é disputado por atletas de, no máximo, 23 anos, portanto essa cultura de agressividade, perpetrada pelo goleiro Willian, em meu entender, é retrógrada, pois vem a demonstrar o quão é acintoso os ensinamentos que lhes são passados pelos responsáveis das equipes de base.

Fiori**

* Texto copiado de Coluna do Fiori, no PITACOS DO BODAUM. Este blogue aqui que você agora lê já fez referência a este descalabro no escrito Não há mais censura com a internet, publicado em 16 de Maio de 2007.


** Ex-árbitro da Federação Paulista de Futebol, é investigador de Polícia e autor do Livro "A República do Apito" onde relata a verdade sobre os bastidores do futebol paulista e nacional.

3 comentários:

Anônimo disse...

Sidarta parabens pela colaboração com a coluna e espero que você passe a publica-la sempre, Fiori havia me dito que eu poderia autoriar quem dos blogs amigos meus quisessem publica-la, e a autorização esta dada!Grande Abraço e obrigado pela força!

Léo Rehem disse...

DEBATE SOBRE O CONTROLE DA CRONOMETRAGEM

Os árbitros atualmente tem muito poder sobre a partida e isso não raras vezes interfere no seu resultado.

Um item que aqui destacamos é a cronometragem do tempo de jogo. Tempo, que é uma questão objetiva, em futebol transforma-se em subjetiva, pois as prorrogações, sempre em minutos redondos (1, 2, 3, 4 … minutos), são determinadas pelo juiz de forma empírica e sem correlação direta com os acontecimentos específicos daquele jogo. Além disso, o tempo concedido é sempre, e com razão, um ponto de polêmica entre torcedores, comentaristas e dirigentes.

A sugestão é adotar-se o critério do tempo jogado (bola rolando), que deverá ser inferior ao tempo subjetivo atualmente adotado (45 minutos por tempo). Por exemplo, cada tempo teria 40 ou 35 minutos de jogo, bola rolando, não sendo computado o tempo de jogo parado.

O controle desse tempo deverá ficar a cargo de uma mesa, como ocorre com o basquete e o futebol de salão. Encerrado o tempo de jogo, estando a bola em movimento, apenas aguardar-se-á a conclusão do seu percurso, sem tocar em qualquer jogador, para o fim do jogo.

A adoção do aqui proposto, além de outras vantagens, permitirá ao árbitro melhor dedicar-se exclusivamente à arbitragem do jogo, sem qualquer preocupação com a cronometragem.

Escrito por drehem às 06h28 [(5) COMENTÁRIOS] [envie esta mensagem] [link]

10/03/2008

DEBATE SOBRE A EXTINÇÃO DO EMPATE NO FUTEBOL

Tencionando provocar o debate sobre a questão, a idéia é a extinção do empate no futebol, a exemplo do praticado em outras modalidades esportivas como vôlei e tênis, aumentando assim a emoção do jogo.

Nas partidas concluídas com empate em gols, seriam usados outros critérios de avaliação de desempenho, dando um enfoque mais moderno à questão, conforme abaixo:

1. Bolas na trave

A equipe que tiver mais bolas na trave a seu favor vence o jogo.
Colocar a bola na trave é mais difícil, em termos de probabilidade, do que fazer o gol. A adoção desse critério valorizaria algo que emociona as torcidas, faz corações dispararem e sofrerem, entretanto não tem qualquer valor prático. O critério de desempate por bola na trave transformará o que hoje é entendido como infortúnio, em sorte, fazendo valer o justo raciocínio de que bola na trave pode ser meio gol.

2. Escanteios

Na hipótese de empate no critério de bolas na trave, parte-se para o segundo critério: a equipe que tiver mais escanteios a seu favor vence o jogo.
Os escanteios a favor de uma equipe são um sintoma de que a mesma está atacando, chutando em gol, empenhando-se para ganhar a partida. Ao contrário da equipe que está na defensiva, tentando evitar os gols do adversário.

3. Faltas

Ocorrendo também empate em número de escanteios, parte-se para o critério de faltas.
A equipe que tiver mais faltas a seu favor vence o jogo.
O número de faltas cometidas é sintomático de uma equipe que, inferiorizada tecnicamente, paralisa o jogo, cometendo infrações e tornando-o de inferior qualidade, ou seja, praticando o anti-jogo.

4. Pênaltis

Finalmente, permanecendo também o empate no número de faltas, o jogo seria definido por cobrança de pênaltis, na forma atualmente adotada.
Raríssimas partidas seriam desempatadas pelo critério dos pênaltis. Esse critério é considerado pela maioria dos técnicos, jogadores, torcedores e comentaristas como uma verdadeira loteria, prevalecendo a sorte sobre o talento e merecimentos da equipe. Como proposto, somente ocorreria a disputa de pênaltis na hipótese de empate em gols, escanteios e faltas, circunstância que confirmaria com muita precisão a igualdade das performances das duas equipes. Poder-se-ia até imaginar a decisão na moeda (cara/coroa) em substituição aos pênaltis.

PONTUAÇÃO

A pontuação sugerida é a seguinte:
Vitória normal (por gols) : 3 pontos
Vitória por critério de desempate : 2 pontos

Como conseqüência, desapareceria o 1 ponto correspondente ao empate.

Léo Rehem disse...

http://ds.rehem.zip.net/

esse é o blog da real do futebol