domingo, maio 17, 2009

Crime Organizado e o Amadorzão no Interior Paulista

Hoje no almoço, fui com amigos ao Mercadão daqui de São Paulo. Lá, comi o tradicional sanduíche de mortadela e um bolinho de bacalhau. Fica a sugestão.

Um novo amigo meu que mora no interior me contou esta história envolvendo o crime organizado e o futebol amador hoje no almoço.

Não vou revelar o nome do cara, a sua cidade ou a organização criminosa envolvida porque é melhor não colocar o de ninguém na reta; afinal, as nossas instituições não estão em plena forma.

Bem, vamos para o relato:

Ele mora num bairro de uma importante cidade do interior paulista que é dominado pelo crime organizado. Vários de seus amigos de infância estão no movimento; aquelas crianças com quem jogou futebol, andou de carrinho de rolemã, jogou vídeo-game, agora vendem da branca.

Qualquer crime organizado precisa lavar o capital que arrecada com suas atividades. Comércios são ótimos lugares para fazer isso. Se uma bar colocar no seu balanço que vendeu cerveja-latinha a R$ 7,00, quem vai dizer que não é verdade?

Lá no bairro do meu novo amigo, o posto de gasolina é deles. É lógico que deve ter uns laranjinhas que figuram como proprietários do comércio.

Como todos sabem, o crime organizado tem como estratégia fazer boa figura entre a população da área em que atuam com algumas benesses que distribuem na comunidade em que atuam.

Neste caso, não foi diferente:

O posto de gasolina apóia o time amador do bairro.


Só que esses fatos são conhecidos por todos na cidade. Pelo menos, todos que acompanham o Amadorzão daquela urbe.

O resultado é trágico!

Os outros times amadores não jogam o que poderiam jogar, não chegam junto como costumam chegar quando enfrentam o time do bairro dele.

Ou seja, esse time não é como aquele moleque que é dono da bola, eles são os donos das armas e todos os times sabem disso e têm muito medo disso.

Assim, a triste realidade dos nossos governos fracos contra o crime afeta até os idílicos campeonatos amadores das cidades do nosso interior agora. Sabe-se lá onde estarão amanhã.

Veja lá em quem você vai votar. Não se esqueça de cobrar dos eleitos as suas promessas de campanha. Se você não cobrar, essa triste realidade só vai piorar.

Sem abraços,

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