Lá, ou se tá nos céus, ou é aquela brochada irremediável. Aquelas fases sessão da tarde não rolam no Fluminense Football Club.
Todos sabiam que a fase invicta de jogos não era pra sempre. Mas o desfecho de quarta foi fora da curva, fora do plano, fora de qualquer expectativa.
Pensei nas pessoas com personalidade bipolar quando percebi esse céu e inferno em que vive o Flu, mas os e as bipolares têm muitos momentos de relativa calma entre os extremos de sua vida psíquica.
O maior campeão Carioca e Fluminense não passa por calmarias; ou tão na adrenalina, ou na fossa.
Acho que as pinturas do mestre veneziano Caravaggio retratam melhor essa vida só de alguns altos e mais baixos deste time. A técnica do chiaroscuro de um dos cumes da arte barroca não tem meio-termo, não tem perhaps. Só tem salvação ou perdição nos seus quadros.
Pra mim, nem as esculturas de Aleijadinho, nem a poesia de Góngora são capazes de expor os extremos como o veneziano.
O Flu, até agora, infelizmente para os seus torcedores tricolores, não foi pro céu nenhuma vez. Só ficou no quase adentrar as portas do paraíso, mas, em regra, tem vivido no inferno.
Ontem, a torcida foi ao Galeão apoiar o time. Foi bonito, mas os fatos serão fixados dentro de campo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário