terça-feira, junho 15, 2010

copa do mundo 5

E hoje o dia começou com mais um jogo daqueles que não dava vontade de acordar pra ver. E que depois deu arrependimento. Não que eu esperasse algo de Eslováquia x Nova Zelândia, mas foi um jogo dos menos proveitáveis. Os neozelandeses são muito ruins e sem qualquer esquema tático ou opção de jogada. Se defendem com todo mundo raçudo e correndo atrás da bola e dos adversários e atacam cruzando bolas de qualquer lugar. No fim acabou dando certo e num cruzamento de sorte empataram o jogo com um time bem melhor e organizado.
Talvez seja pela fragilidade do adversário, mas gostei mais da Eslováquia que do Paraguai. É mais um time que joga com três meias municiando um único atacante. Os dois abertos são habilidosos e possibilitam jogadas: Hamsik, jogador do Napoli e craque do time, pela esquerda e Weiss, o filho do técnico, se movimentando e inventando jogadas de efeito e até driblezinhos. Mas um time que apresenta pouco perigo a qualquer defesa bem organizada.

Próximos adversários do Brasil, Portugal e Costa do Marfim fizeram um dos jogos mais fortes da Copa até aqui, considerando-se os jogadores em combate. Enquanto Portugal entrou, como a maioria dos times no mundo hoje, no 4-3-2-1, os africanos atacavam num 4-3-3 e defendiam num curioso 4-6-0, concentrando todos os seus jogadores num único quarto de campo e fazendo uma barreira difícil de transpor. Pelo exagerado número de jogadores numa única faixa do campo [entre a entrada da área marfinense e a linha central do campo] era difícil fazer qualquer jogada ali e dificilmente sobrava espaço para que os jogadores criativos de Portugal fizessem qualquer coisa, sendo a principal jodada dos patrícios um chute de muito longe que morreu na trave, disparado por Cristiano Ronaldo [que, a propósito, apanhou bastante]. Os africanos marcavam ele e Deco sempre de perto, não permitindo aos portugueses criarem, e partiam para contrataques velozes, chegando várias vezes com o firuleiro Gervinho. Com a entrada de Drogba achei que esse sistema de defesa intensa o deixaria um pouco mais adiantado, mas mesmo com a estrela em campo o time mantinha a obediência tática defensiva e a falta de poder de conclusão.
Os dois times são fortes e apresentam ameaça real aos planos brasileiros, que terá que jogar muuuuuuuuuuuito melhor que hoje para não perder feio pra qualquer um deles.

Vencer por 2 x 1 o pior time do Mundial soa no mínimo preocupante. A tal defesa intransponível parecia bem, com desarmes espetaculares de Lúcio e Juan e com Maicon chegando no apoio, mas os nortecoreanos tiveram tantas chances que acabaram guardando uma. Já os brasileiros criaram pouco diante da fragilidade do adversário. Ainda confuso sobre como armar-se, o time depende unicamente dos contraataques para pegar a defesa adversária desprevenida. A maioria das possibilidades apareciam devido à enorme diferença física entre as equipes. As exceções foram os gols: bons lançamentos de Elano e Robinho que desmontaram a defesa e encontraram Maicon e Elano em condições de marcar.
No segundo tempo me surpreendi com a "ousadia" do Dunga, que, pasmem, sacou um dos sagrados volantes e botou mais um atacante. Mas sem o Kaká, que jogou bem mal, sem encontrar o espaço para jogar. No sistema ideal ele é o jogador que puxa, junto com o Robinho, os contraataques. Quando o Brasil precisa tomar a iniciativa ele não sabe qual a sua função. Parece estranho, mas foi assim que entendi a sua confusão. Já Robinho foi um dos melhores do time: forçou jogadas, deus algumas pedaladas inúteis, mas foi o mais efetivo. Ele e Maicon. Este sempre entre os melhores, não?
E amanhã é o último dia de estreias. Honduras e Chile é outro jogo que promete na disputa dos piores. Já a Espanha é a última esperança. Que brilhe a Fúria!

Um comentário:

Anônimo disse...

fazer gol na suiça é difícil
o chile se classifica