Eu vi o Dunga enfrentar uma estrutura que controla o futebol brasileiro de uma forma que nenhum outro técnico teve coragem para fazer algo parecido. Falam do Saldanha por ai, mas o cara era o amigo dos que controlam a história, quer dizer, ele era só mais um jornalista bem relacionado no seu meio em função de suas opções ideológicas. Mas, dentro de campo o cara não fez muito.
Durante a Copa da África do Sul, o debate futebol arte vs. futebol força escondeu uma luta corajosa contra uma das grandes alianças que mantêm os nossos clubes no lodo.
O sempre atual e sem fim drama dos nossos craques irem jogar lá fora, agora, se repete com o Neymar e a oferta que o Chelsea teria feito para o seu pai.
Mas quem ficou no blablá de futebol assim ou assado do Dunga e não viu a força da batalha que ele travou atrás e na frente das câmeras na disputa que travou fora dos campos vai continuar a chorar a eterna diáspora dos craques brasileiros.
Quem vai reclamar do Neymar indo embora hoje, do mesmo modo que lacrimejaram as idas dos Ronaldos ontem, irá continuar a chorar amanhã. Pois, se a estrutura não mudar, a rotina não se alterará.
Não adianta limpar o pus de uma infecção, a secreção podre é só o resultado de um processo doentio mais profundo.
Não sei se vai ajudar, mas o que vai rolar no Tropa de Elite 2 é o que rolou com o Anão na África do Sul.
A diferença entre a vida real e a arte é que nesta o dono da história escolherá o final.
Salve,
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