terça-feira, dezembro 27, 2011

Béla Guttman e Fleitas Solich

Ontem, escrevemos aqui sobre a contratação de Carrasco pelo Atlético Paranaense e falamos sobre a possibilidade de novos caminhos para nosso futebol com a ajuda de técnicos estrangeiros.
Curiosamente, um dos motivos que os dirigentes usam para não sair da velha lista de nomes conhecidos nacionais é a possível dificuldade de adaptação de um treinador forasteiro. Foi essa, ao menos oficialmente, a razão para o nome de Carlos Bianchi ser vetado no São Paulo.
Como se houvesse grandes diferenças na circularidade da bola ou na retangularidade do campo, para usar uma linguagem corrente entre nossos "professores".
Parece que os clubes esquecem de sua própria história.
Muito antes de Guus Hiddink e Bora Milutinovic obterem sucesso em diferentes países e construírem a fama de andarilhos milagreiros, houve por estas paragens técnicos estrangeiros que marcaram época em grandes clubes.
Um deles foi Fleitas Solich. Campeão pelo Flamengo, passou também por Corinthians, Palmeiras e Fluminense. Um dos responsáveis pelo tricampeonato estadual de 1953/54/55 (O Rolo Compressor de Zagallo, Joel e Dida), também dirigiu o Real Madrid e as seleções paraguaia e peruana.
Se Solich veio do Paraguai, Béla Guttmann chegou por aqui pelo Uruguai. Campeão estadual pelo São Paulo, com Zizinho e Canhoteiro, Guttman teve sucesso também no Milan, no Porto e, principal, no Benfica.
Um húngaro e um paraguaio são apenas um indício de que a alternativa já foi provada e aprovada há tempos.

Aqui um poema sobre Zizinho.

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