terça-feira, outubro 23, 2012

Melhor do mundo e do Brasil

Ronaldo, Ronaldinho e Kaká. O que há em comum entre eles?
Há resposta óbvias como o título da Copa de 2002, o fracasso de 2006, a carreira na Itália e na Espanha, os prêmios de Melhor do Mundo.
É exatamente nesse ponto - o de Melhor do Mundo - que aparece uma ironia comum aos três.
Nenhum deles, ainda que somando seis vezes o posto de maior jogador do planeta, conseguiu o título brasileiro.
Sintoma de uma época em que os bons jogadores saem cada vez mais cedo, rumo à Europa.
Os grandes craques da década de 80, por exemplo, só tiraram o passaporte depois de devidamente consagrados por aqui.
Falcão foi tricampeão pelo Internacional antes de se tornar o Rei de Roma. Zico já era o camisa 10 da seleção quando se tornou ídolo na Udinese. Careca, campeão nacional aos 17 anos, ainda aguardou oito temporadas para uma transferência.
De uns tempos pra cá, a partida cada vez mais precoce de nossos melhores jogadores fez com que muitos deles não tivessem uma carreira interessante por aqui.
Kaká chegou perto do título brasileiro em 2002, mas perdeu para a geração de Robinho e Diego. Precisará esperar seu retorno - se houver - para nova tentativa. Ronaldo jogou poucos Campeonatos Brasileiros e também não teve sucesso. Mas, de forma geral, Ronaldo nunca se deu bem certames de pontos corridos: só venceu no Real Madrid.
Agora, Ronaldinho tem sua chance. Demonstrando um talento redivivo, recolocou o Atlético Mineiro na disputa pelo primeiro lugar. É difícil ainda, mas possível.
E, então, na reunião com seus colegas, poderá dizer que foi o melhor do mundo e campeão brasileiro.
O que é para poucos. Talvez só para Romário.

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