O mercado é o grande fornecedor de assunto nos recessos futebolísticos.
As manchetes mais repetidas dão conta de Pato no Corinthians, Robinho no Atlético (Santos, Flamengo), Vargas no São Paulo (Grêmio), Riquelme no Palmeiras.
Como as três últimas são ainda duvidosas, convém falar da possível chegada de Alexandre Pato, a mais provável de acontecer.
O histórico de lesões de Pato pode ser interrompido se o atleta se dispuser a um retorno para estas terras. O trabalho de recuperação é muito melhor deste lado do Atlântico. Sem recursos, os grandes clubes brasileiros desenvolveram uma expertise considerável no tratamento de lesões. É mais ou menos a história do dono de um carro antigo: sem poder (ou querer) trocar de veículo, ele aprende um pouco de mecânica.
Pato surgiu como um astro de primeira grandeza. Seis anos depois, encontra-se num momento que o aponta como estrela (de)cadente. Mas Pato é novo, tem talento e terá no Brasil uma chance única de recuperação: carinho de uma torcida em fase de júbilo, atenção de bons profissionais da área médica, possibilidade de atuar num campeonato inferior tecnicamente aos principais da Europa, mas que, por isso mesmo, viabiliza aos jogadores técnicos a chance de brilhar.
Contratação praticamente certa, Pato sofre, além da parte física, uma objeção: há quem diga que ele não tem a cara do Corinthians. Ao que parece, Emerson mandou um recado: no Corinthians não há estrelas. A mensagem parece certeira quando se tem em conta que os problemas de vestiário pesaram muito para sua saída de Milão.
Para a ambientação, Pato deverá contar com a ajuda de Tite e de Gilmar Veloz, empresário/procurador de ambos.
Objeções à parte, a impressão é a de que ganharão todos: Pato, Corinthians e Milan. O atacante terá a oportunidade de se recuperar, jogar e postular uma vaga na Copa; o Corinthians ganhará um atacante de ponta e um ótimo produto para campanhas publicitárias; o Milan se livrará de um problema e ainda fará receita para a possível contratação de Balotelli.
Quanto a ter a cara ou não do futuro time, é possível que a mudança de imagem dos dois - Corinthians e Pato - seja um dos objetivos da transferência.
2 comentários:
Rapaz, a mudança de imagem é mais difícil que de postura.
O empenado só precisaria recuperar um crédito que já possui.
Uma instituição se "reposicionar" no "mercado" é algo bem mais complexo.
Mas a "nova classe média" é o butim que todos desejam.
Será obra de muito talento conseguir que os olham para cima dêem valor para o que se coloca como andar debaixo.
Abraços,
Oi! Meu nome é Elaine, do blog http://meninasnocampinho.blogspot.com.br e só estou passando pra dizer que adorei a proposta do blog, muito legal! Já estou seguindo! Abraços e Feliz 2013 a todos!
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