Mas, leitor, não pense que ele está só nesse jeito rígido de torcer. Há amigos dele que também articularam esse torcer seco.
Dentro dessa linha de torcida não-esbanjadora, é muito comum escutá-lo metendo o pau nos times do São Paulo. Sempre há um ou outro jogador que representa esse comedimento.

A possível convocação do Jorge Wagner para a Seleção foi elogiada nesse meio -- Dunga estaria a ajudar o São Paulo.
Os passes errados desse jogador sãopaulino fazem a festa desses torcedores. Até quando o jogador acerta, tiram uma casquinha. O índice de aproveitamento, na medição deles, é uns 100 cruzamentos errados para cada certo.
Esse jeito árido de torcer tem suas vantagens.
Por exemplo, agora o São Paulo pegará o Todo Poderoso Ipatinga. Aquele mesmo time para quem o tricolor perdeu no primeiro turno. Quem torce de forma mais áspera não se frustra com derrotas como a do jogo de ida.

Uma crítica impensada a esse jeito de torcer exigente poderia atribuir essa linha a alguma frustração, a um jeito ranzinza de ser. Mas há que se levar em conta que quem acompanha o futebol a décadas, quem testemunhou todos os títulos de Copas do Mundo do Brasil não deve ter muita facilidade para se acostumar ao futebol jogado hoje em dia.
De qualquer forma, eu ainda tenho esperanças num hexa. Se uma convocação do Jorge Wagner render uma valorização do passe em uma venda posterior, também não fico triste.
Abraços,
* A trema não sairá daqui.