sábado, novembro 25, 2006

Lembranças de um futebol do Rio

Definidos os campeões das séries A e B, é preciso eleger expectativas para as rodadas finais.
Neste sábado, torcerei para a Lusa se preservar na série B. É difícil, eu sei, mas já foi mais. E pensar que no ano passado a Lusa estava no quadrangular final...
Amanhã, meu escolhido é o Vasco. Espero que o boleiro Renato seja superior ao staff de Mr. Tie.
Meu amigo Rodrigo ficará bravo comigo: sua ojeriza aos times cariocas desdenhará de minha escolha. Mas tudo tem explicação. E, quando se trata de futebol, as explicações sempre remontam à infância e à juventude.
Lembro-me com carinho das tardes em que escutava o Januário de Oliveira gritar “Cruel, muito cruel”. Lembro-me do desfile de Super Ézio, Valdeir The Flash, Túlio Maravilha. Lembro-me do “corpo estendido no chão”. De uma época em que no narrador se preocupava em inventar apelidos e bordões, não com a propaganda do Shrek ou o diálogo com o torcedor interativo.
Torcerei pelo Vasco para, quem sabe, vê-lo contra o Flamengo na Libertadores de 2007 em mais dois jogos emocionantes em que se agradece não ser torcedor de nenhum dos dois.
Espero que o Flamengo não se envolva nessas bobagens em que o Corinthians se meteu e faça jus às músicas que já inspirou. Enquanto isso, torço para o Vasco e escuto João Nogueira cantar o Samba Rubro-Negro.

Samba Rubro-Negro (O mais querido)
Wilson Batista/Jorge de Castro


Flamengo joga amanhã
Eu vou pra lá
Vai haver mais um baile
No Maracanã
O mais querido
Tem Zico, Adílio e Adão
Eu já rezei pra São Jorge
Pro Mengo ser campeão

Pode chover, pode o sol me queimar
Eu vou pra ver a charanga do Jayme tocar
Flamengo, Flamengo
Tua glória é lutar

Quando o Mengo perde
Eu não quero almoçar
Eu não quero Jantar
Flamengo

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