segunda-feira, novembro 06, 2006

Não foi impedimento e tampouco penalidade máxima

A 33a rodada deste Brasileirão 2006 foi mais do mesmo. Juízes se destacando por suas decisões estranhas, questionáveis, e times medíocres jogando pouca bola. A situação do estrangeiro ou extraterrestre que chega neste instante ao Brasil e pede para que você lhe explique o que está acontecendo no nosso futebol pode ser constragedora ou, só, complicada.

Como explicar que a Ponte lutando para não cair conseguiu empatar em casa com o São Caetano? Isso porque levou um gol do também obscuro Azulão. O nosso amigo de Varginha entederia porque Palmeiras e Fluminense estão tão perto da Macaca na classificação? Acho que não. Quem vai para a Libertadores? Certo mesmo só o Flamengo, o Inter e o São Paulo. Para as outras duas vagas que restam, há várias equipas na disputa. Eu diria por volta de 7 times, do Grêmio ao Goiás. Mas já há Corinthianos falando que o Timão vai ficar com uma vaguinha e retomar o Projeto Zona Leste - Tóquio no ano que vem. É esperar, não há como prever.

Hoje eu fui ao Parque do Ibirapuera e, pela primeira vez, visitei o Museu AfroBrasil, que é bom e de graça. Passeado pelas exposições de obras de arte, vi que as coisas aqui no Brasil são sempre muito dinânicas, bagunçadas. Estamos na Terra do Macunaíma. Seja nas artes, seja na cultura popular, seja no futebol, tudo é anárquico, um ziriguidum, um forrobodó, um pagodinho.... Este quadro me passou essa impressão macunaímica:

(Obra sem título de Madalena dos Santos Reinbolt - Museu Afro Brasil)

E, dentro deste espírito brasílico, deixem-me explicar porque eu não concordei com as arbitragens dos jogos do São Paulo e do Corinthians para que não fique num puro falar por dizer de boteco, simplesmente.

Os 9 cm que o Tira-Teima da Globo não são perceptíveis ao olho humano. Não há como marcar aquilo - olhar a bola, o zagueiro e o atacante ao mesmo tempo é papo furado. Isso pra começar, porque há que parar com essa mania de achar que o programa de computador é infalível e operado por um sujeito incorruptível. Não há imparcialidade na imprensa (vejam o que dizem o jornalista Luiz Weiss e o analísta político Alon Feuerwerker)! Há um sujeito que escolhe o quadro em que a imagem a será analisada. Creio que foi muito conveniente à Globo não ter a legitimidade de seu produto questionada novamente neste por árbitro inadequados. Se o gol fosse dado ao Santos seria mais nos conformes. Na hora, eu falei pra quem tava comigo que o juiz tava compensando o São Paulo pelo gol roubado no jogo passado.

Já no caso do jogo Corinthians e Santa Cruz, há uma situação patética na marcação daquela penalidade máxima causada por, creio, incapacidade de adequada de leitura.

Pois, há dois tipos de ação: a voluntária e a involuntária. Há consciência ou inconsciênca, semi-consciência é enrolação

Na primeira, há o objetivo ou tem-se consciência da situação. Algo do tipo: se eu atravessar uma avenida movimentada fora da faixa de pedestres sei que posso ser atropelado.

Já na segunda, não há a intensão e, muito menos, a percepção das prováveis conseqüências dos atos por quem os pratica. Um turista acidental que chege à Indonésia ou à Índia pode ter o desprazer de saborear um prato muito apimentado.

Lendo a regra 12 da FIFA, em inglês ou português, está escrito que:
"As faltas e condutas antiesportivas serão sancionadas sa seguinte maneira:
Tiro livre direto:
Será concedido um tiro livre direto a equipe adversária se um jogador comete uma das seguintes seis (06) faltas de uma maneira que o árbitro considere imprudente, temerária ou com o uso de uma força excessiva:

dar ou tentar dar um pontapé em um adversário;
(...)
".

Não dá para ser imprudente, temerário ou tentar dar um pontapé de forma inconsciente, insabida, não cogitada, não pensada... O zagueirão do Santa tava só correndo atrás da bola, fato muito natural em uma partida. O Roger Galisteu pode não estar na sua melhor fase dentro das quatro linhas, mas pode participar de uma próxima novela. Sua namorada tem bons contatos no mundo dos famosos que aparecem na frente das câmaras.

O juiz deu um penalty baseado num hipotético sem querer querendo ou não querendo.

É isso ai, acho que me extendi demais. Vou treinar para produzir textos mais sucintos.

Abraços,

5 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom o seu texto Sidarta! Concordo contigo e digo mais. Os times "amados" pela Globo sempre são ajudados por estes recursos técnicos e os árbitros já entram com má intenção conbtra determinados times, principalmente os do norte/nordeste, sobretudo quando enfrentam times paulistas ou cariocas

Sidarta Martins disse...

$$$ manda. É mais barato pra Globo o Galvão ir fazer transmissão no Rio e em SP, no máximo só em MG ou RS.

Pra empresas que anunciam é melhor que o Brasil todo torça pros times do SulMaravilha. É mais fácil, mais barato fazer as propagandas.

Abração,

André Kruse disse...

Na epoca em que a bandeirantes passava o brasileirão, eles tinham a "CameraBand". Em alguns lances acontecia de a Band dizer que foi impedimento e a glogo que não. e vice-versa.

Anônimo disse...

Eu acompanho futebol desde 1960, apesar que naquela época, eu torcia mais para a bola entrar do que outra coisa.
Um detalhe ainda continua vivo em minha mente. Quando o juiz entrava no gramado, lá das arquibancadas, alguém gritava: _ladrão! ladrão!
Eu sou a favor de dois árbitros (um em cada lado do campo), e também dos recursos técnicos para tirar as dúvidas.

Anônimo disse...

Eu acho que o Coringão vai pra Libertadores. E meu irmão Feio também. Na verdade, ele tem certeza.