Dês que Pixinguinha compôs 1x0 em homenagem à conquista do Sul-Americano de 1919, o futebol e a música brasileira andam de mãos dadas.
Se hoje os jogadores manifestam sua preferência pelo pagode, Jair Rodrigues fazia exibições particulares ao escrete santista na década de 1960. Essa admiração de lado a lado rendeu canções e coreografias.
Das muitas canções que o futebol inspirou, a grande maioria é expressão da admiração por um atleta, por um time ou pelo próprio jogo. Assim, nasceram homenagens a Pelé, Zico, Garrincha, Fio, Romário.
Esta semana, porém, ouvi uma canção bem bacana e gostaria de recomendá-la aos leitores de Na Cal.
Antes, algumas palavras sobre a intérprete: Ceumar é uma boa cantora que tem mesclado em seus discos alguns dos bons compositores brasileiros. Em seu primeiro disco, o ótimo Dindinha, estão lá Itamar Assumpção (eterno alternativo) e o resgate de Sinhô.
No disco que agora lança com Dante Ozzetti, Achou (MCD), está Partidão, parceria de Dante Ozzetti com Zeca Baleiro (que também fez com Fagner a canção Canhoteiro). É uma divertida crônica amorosa em registro futebolístico.
Abaixo a letra:
Partidão (Dante Ozzetti – Zeca Baleiro)
nosso caso de amor
era pra ser
um partidão
mas não foi não
passei pela zaga igual um azougue
um zás liso e veloz
driblei um, driblei dois
fiquei na cara do gol
mas do lado de lá
eu não pensava encontrar
um Taffarel um Valdir um Gilmar
perder no amor
que decepção
não recuei
botei pressão
chapelei a dor e a solidão
tabelei e avencei
fui ao chão na pequena área do teu coração
então cansei, desisti
te perder, sim perdi
vi que eu não valho um tostão para ti
nem um mane, um vavá, um Raí
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