terça-feira, novembro 21, 2006

Por que no Futebol e na Música o Brasil dá certo?

É tanta coisa imoral sendo falada, denunciada, escondida e feita nesse Brasil que eu sempre me questiono: como o futebol brasileiro é tão bom?

Lendo o Blog do Alon, encontrei esta notícia IBGE divulga estudo especial da PME sobre Cor ou Raça. O resumo da matéria é o seguinte: um sujeito negro, com ou sem instrução, em cidades mais ou menos brancas, ganha menos e tem mais dificuldade para se empregar. O Brasil não é uma democracia racial.

No blogue do jornalista Luiz Weis, encontrei referência à entrevista que Marcelo Paixão, Professor de Economia da UFRJ, deu ao Estadão. Nessa matéria, o Prof. coloca que se o IDH brasileiro levasse em conta só os negros, o Brasil cairia 18 posições, sairia do 69 lugar para o africano 97 posto. Contudo, se se montasse um IDH-Brasil-100%Branco, iria-se para a 46, 23 posições acima (há um total de 177 países na medição do IDH).

Ou seja, o Brasil é o Brasil porque desperdiça seus talentos. Quantos médicos ótimos não conseguiram nada só porque os brancos não os aceitaram só porque sua pele é mais escura. Segregações não têm bases razoáveis, lógicas, sensatas.

O que resta ao homem negro que quer dar uma boa saúde aos seus filhos? Jogar bola ou virar músico.

Agora, imaginem as mulheres negras! Ai é o salve-se quem Deus quiser. Não tem jeito, com tantos Pelés e Daianes do jornalismo, das ciências, das humanidades, das engenharias e de todas as outras áreas do conhecimento humano, sendo jogados fora a mais de um século, o Brasil só pode ser um País do Futuro ou um Gigante Adormecido mesmo. Porque uma Potência Mundial não é lugar para países picaretas que jogam seus talentos na miséria.

O Futebol brasileiro é tão bom, para mim, porque é um espaço aberto para os melhores brasileiros. Não há portas fechadas em função de melanina. Mesmo que seja um Mulato.


As obras são todas do Portinari, deêm uma passeada pelo sítio do Projeto Portinari.

Abraços,

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