quarta-feira, dezembro 13, 2006

Higuita e Rivaldo

Higuita

Quando a bola avançou, todos esperavam uma defesa tranqüila, dessas que há aos montes numa partida amistosa.
Quase ninguém acreditou quando viu a esfera cobrir a cabeça do arqueiro e desenhar uma falha inaudita.
Porém, o goleiro, que era dado a gracejos, jogou as pernas para trás e, numa acrobacia nunca imaginada, lançou a bola longe.
Houve um instante de silêncio.
Aos poucos, os aplausos tomaram o estádio e agradeceram o número sem bis.


Rivaldo

A raiva revolve a relva,
que se resigna ao desenho
dos grandes e magros galhos.

Da seiva, avulta a arte.
Mas a fome verte a rama,
míngua o fruto, murcha a flor.

O cimo em si se mata.
Vergado, ao solo volve.

3 comentários:

Lucas disse...

Aprendeu!!!

Sidarta Martins disse...

Claro que não!!!

Se quiser, eu também quebro o seu galho.

Anônimo disse...

Impressionante o Rivaldo batendo de letra, quem disse que cão velho não aprende truques novos?