segunda-feira, abril 23, 2007

Com o Real forte o Brasileirão vai ter de ser exportado para todo o Mundo

Com os resultados deste final de semana, não me restou grande escolha a não ser ampliar os meus horizontes futebolísticos para o futuro. Pois, pra frente sempre é possível esperar que algo melhor que esta goleada levada pelo São Paulo na semi do Paulistão.

Li, ontem a noite, o artigo que o Gustavo Franco publicou na Revista Época desse final de semana. Ele colocou que, cada vez mais, os economistas percebem que a força do real frente ao dólar, euro e iene se dá porque o Brasil está indo bem. É lógico que ele não é tão simplistas assim. O ex-Bacen coloca outros fatores, tal como o período por qual passa a economia mundial.

Veja as cotações do Dólar de 2002 ao mês passado. Tá quase nos R$ 2,00. Não sei se precisava ter subido tanto. Mas o fato é que a moeda americana e o risco-país do Brasil estão caindo. O risco soberano do Brasil chegou aos 149 pontos na semana passada. Foi um recorde.

Quando o risco chegar ao 100 pontos, o Brazil se tornará investment grade. O que significa isto? O Brasil deixará de ser considerado um caloteiro que só consegue pegar uma graninha com agiota a juros usurários. Tem economista que acha que o bom nome na praça rolará para o Brasil neste ano e os mais precavidos no ano que vem.

Se você ainda não imagina o que pode acontecer com a nossa sociedade, aqui vai o que uma economista trocou em miúdos em uma matéria do portal G1:


"- Bancos estrangeiros entrariam na briga pelo mercado imobiliário do Brasil, o que resultaria em crédito mais barato. Isso seria um impulso para a construção civil, que movimentaria a economia com a geração de empregos;

- o Brasil atrairia não só dinheiro especulativo pelo mercado financeiro – que é fácil de tirar do país em caso de turbulências - mas investimentos mais comprometidos, como na indústria;

- empresas que estão se mudando para países como China e Índia na tentativa de cortar custos poderiam optar em vir para o Brasil, trazendo dinheiro, tecnologia e empregos."


A segunda linha é a importante para o futebol verde-amarelo. Não quero que vendam os times daqui como venderam o Manchester. Eu não vou torcer para um empresa. Talvez o meu filho não tenha problemas com isto. Sempre haverá o conflito de gerações.

Na mesma edição, tem uma matéria sobre a Arábia Saudita. Fala da sociedade, economia e, por fim, do brasileiros boleiros que estão por lá. O Denílson driblador está ganhando U$ 150.000,00 para jogar e o Cerezo U$ 200.000,00 para ser treinador. O Rogério Ceni leva R$ 300.000,00 no São Paulo.

Ou seja, daqui a pouco os pagodeiros não vão sair tão facilmente do Brasil. Parece que o Ronaldinho Gaúcho e o Marcelinho Paraíba são pródigos em levar 20 amigos e mais outro tanto de familiares para a Europa. São brasileiros onde estiverem.

Se o grau de investimento vier e a Argentina continuar na draga econômica em que está, será a vez do Brasil dominar a Libertadores. Ficarei muito feliz se algum time brasileiro conquistar 7 títulos, sendo 4 na seqüência, como o Independiente argentino fez. Se for o tricolor, será um sonho.

Abraços,

3 comentários:

Arthur Virgílio disse...

Mistura economia e futebol, legal o tópico.

Sujeito Oculto disse...

Falando nisso, eu li que os asiáticos vão instalar fibra óptica para transmitir o Brasileiro e o Carioca ao vivo para o continente. Mais grana à vista...

Sidarta Martins disse...

Terça ou quarta, o Brasil teve o maior afluxo de capital alienígena de décadas.