Pela primeira vez na minha vida fui ao Maracanã sem que meu time (ou a Seleção) estivesse em campo. Uma experiência ímpar ir a um estádio e não torcer por nenhum time. Mas torci pelo milésimo gol de Romário que, pelo visto, vai ficar para as traves corruptas de São Januário.
Para não me misturar a nenhuma das duas torcidas, fui de cadeira especial, que me custou cinqüenta reais pagos a muito contragosto, afinal o Vasco tinha o mando de campo e, conseqüentemente, a renda.
Extremamente assediado pela imprensa, o Baixinho mal pôde se aquecer no campo. O atraso no início do jogo era justificável: uma partida que pouco valia, mas que entraria para a história caso as expectativas se confirmassem.
Nada feito: desde o início, o Botafogo foi melhor e o Vasco, sem meio-campo para armar as jogadas, dificilmente chegava à área adversária. Quando chegava, os jogadores não procuravam o gol: procuravam Romário, o mais marcado. Todos queriam entrar para a História como aquele que deu o passe para o gol mil e o que se viu foi um ataque descoordenado, um craque nervoso (Romário perdeu gols que Romário jamais perderia) e um time abatido e derrotado.
Fica para uma outra vida. Nessa eu não vou poder contar para os meus netos.
Um comentário:
Me deve trinta.
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