terça-feira, abril 03, 2007

Quem dera no clássico fosse só isso que ocorreu em Portugal

Domingo passado, antes do jogo começar, Eu, Alex e Du já estávamos confortavelmente sentados nas cadeiras amarelas atrás do gol que o goleiro do Palmeiras jogou o 1o tempo, quando escutamos uns estouros graves.

Houve aquele olhar apreensivo de todos os três e um soltou algo do tipo:

-- Nossa! Alguém tá se fudendo feio.

Mas não tínhamos, efetivamente, idéia do que teria ocorrido. Passaram-se as explosões e o assunto mudou e logo a partida começou. Mas ontem eu vi pela tevê uma reportagem mostrando o trabalho que a PM teve para que as os membros das torcidas organizadas Mancha Verde, palmeirenses, e Independente, sãopaulinos, não transformassem a praça num campo de guerra. As explosões eram gás lacrimogênio que a força policial tinha usado para evitar o desastre.

A reportagem do Estadão.com.br começa assim:

SÃO PAULO - Novamente a história se repetiu, neste domingo, e os torcedores se envolveram em confusão antes do início de um clássico do Morumbi. São-paulinos tentaram se encontrar com palmeirenses, mas foram barrados pela Polícia Militar, que chegou logo no início da confusão e dispersou os brigões com bombas de efeito moral.
leia e veja a foto!

No final do jogo, teve mais confusão e a PM desceu a borracha mais uma vez.

Enquanto isso, lá na pátria mãe, um portuga é enquadrado porque xingou de filha da puta um guarda. Tá certo!

O colega blogueiro português Antonio Boronha ficou bravo porque uns arrancaram cadeiras:

Filhos da puta!

o único energúmeno detido na sequência dos graves incidentes de ontem, no estádio da luz, tê-lo-á sido, segundo a própria polícia, porque se referiu, em termos pouco abonatórios, à mãe de um senhor agente da autoridade.
arremessar petardos e cadeiras que ferem pessoas e podem gerar situações de pânico generalizado são, pelos vistos, crimes menores.


Quem sabe um dia arrancar umas cadeiras e xingar a mãe alguém serão as dificuldade que teremos nos jogos.

Abraços,

3 comentários:

Arthur Virgílio disse...

"É uma expressão típica portuguesa. Eu a uso muito. Falo pelo menos 50 vezes por jogo. Uso com meus jogadores, com meu auxiliar, quando uma bola pega na trave... Não é uma ofensa, é uma frase que se diz normalmente em Portugal"

José Mourinho, sobre ter chamado o juiz de Chelsea x Tottenham de 'filho da p...'

Olha que a expressão é comum em Portugal

Sidarta Martins disse...

Mas os policias não aceitaram.

Paulo Santos disse...

Sem dúvida, Sidarta, que as diferenças são enormes! Mas como por cá, não é tão habitual que ocorram coisas assim nos nossos estádios, acaba por ser normal que se empole tanto incidentes que em outros locais seriam considerados mínimos.

Por cá, situações de violência nas bancadas, só mesmo nos jogos entre os 3 grandes (Benfica, Porto e Sporting). Alguns clubes que agora militam nas secundárias, como o Vitória de Guimarães e o Leixões Sport Clube, fruto de terem numerosa massa adepta também atraem situações dessas.

Uma coisa tem correspondência na outra, ou seja, para grau de violência mínimo a resposta policial também é mínima, isto claro, se comparado com outros locais onde o grau de violência é mais elevado.


Abraço