Acho que todos estavam como eu logo quando o jogo começou. Poucas eram as esperanças. A Argentina tinha o melhor elenco e vinha de uma excelente campanha. Cinco vitórias em cinco jogos e com quatro goleadas. O Brasil? Ah, esse só empolgou uma vez, contra o Chile de ressaca nas quartas. A Copa América parecia que já tinha dono. Mas, somente parecia.
Todos sabem que em clássico não dá para se prever nada. Posso citar este atual brasileiro. Fui com Sidarta e seu primo assistir, o que presumia, a goleada corintiana frente ao Palmeiras. Doce ilusão. Derrota magra com gol de Dininho em um dos piores jogos que já vi. Ontem, também tivemos um bom exemplo. Os são-paulinos eram superiores, tanto em elenco, quanto na arquibancada. Empate por um gol, com ligeira superioridade do pior colocado na tabela. Baseando-se nisso, essa era a minha última esperança.
O jogo começou e logo no começo, ele, Júlio Baptista, marcou um golaço para marcar história. A Argentina esboça aquela reação e Riquelme acerta a trave direita de Doni. O tempo passa e a seleção brasileira aumenta o placar com Ayala, contra. Na segunda etapa, Vagner Love enfia a mandioca e Daniel Alves fecha o caixão. Brasil 3. Argentina 0. Placar para ninguém colocar defeito.
Terminado o jogo, pensei em logo escrever o que sentia sobre aquela seleção. Dunga é o melhor técnico do mundo, pois escala quem bem entende e ganha de um selecionado bem superior; Maicon e Gilberto não precisam ser os melhores cruzadores, pois conseguem resolver na lateral de uma forma peculiar; Mineiro e Josué têm que estar no time, mesmo se ele passa por um processo de “renovação”; e Vagner Love faz mais do que um típico 9 consegue: ele ainda dá incríveis assistências.
Mas, não. Preferi assistir aos Simpsons, deixar a empolgação passar, para, aí sim, colocar as letras na tela. O time de Dunga realmente não é dos melhores. Entretanto, ganhou. E isso é o que importa. A Itália não apresentou o melhor futebol da última Copa. Gostei bastante de Portugal, e da própria Argentina, mas quem venceu foi a azzurra. Mas futebol é assim e por isso que ele é tão empolgante.
Minhas considerações finais desse torneio ficam para dois jogadores: Júlio Baptista e Daniel Alves. O primeiro pela grata surpresa. Acho que nenhum brasileiro ficou satisfeito com sua convocação, principalmente os são-paulinos. Porém, ele entrou no meio da competição, ganhou a vaga de titular, marcou importantes gols e se tornou peça chave no elenco. O segundo pela sua irregularidade. Quando Dunga disse que ia renovar a seleção, logo o cogitei para suceder Cafú na lateral. Nunca repetiu na seleção o que joga no Sevilla. E pior. Quando teve a oportunidade de substituir Maicon, lesionado, e se tornar titular da lateral-direita na competição, preferiu reclamar com o juiz e ficar suspenso. Entretanto, contra a Argentina ele colaborou, e muito, para o sucesso brasileiro, mesmo estando improvisado como volante.
Parabéns Brasil. Agora é pensar nas Eliminatórias que começam em outubro.
P.S.: Para quem acompanha este blog, certa vez escrevi que torceria à Argentina na Copa América. Sinceramente, hoje não consegui. Valeu a pena.
4 comentários:
Pelo menos vc não apostou..
E eu que apostei em Portugal na Copa do Mundo, Botafogo no Carioca e na Copa do Brasil, São Paulo no Paulista e agora Argentina na Copa América, estou com mais fama de 'Pelé' do que nunca...
Olha, apesar do titulo, acho que o Daniel Alves deve continuar jogando...no Sevilla. Cicinho, Ilsinho, Elder Granja, na minha opini�o est�o na frente. O J�lio at� aceito que fique, desde que jogue como terceiro homem de meio, e nao um meia avan�ado.Abra�o
Muito legal o seu blog, que vi relacionado no Opinião FC, parceiro meu também.
Ainda bem que você errou no prognóstico para a final. Essa seleção brasileira precisa de bons resultados para ter um bom processo de renovação.
Abraço, Felipe Leonardo
Postar um comentário