terça-feira, maio 06, 2008

A coragem de Di Stéfano

Num mundo de opiniões consolidadas, Di Stéfano teve a coragem de dar a sua opinião.
Será muito contestado, principalmente pelos brasileiros.
Mas ele foi feliz ao cravar, sem concessões, o seu parecer.
Certa vez, vi uma entrevista de Evaristo em que ele usou de algumas evasivas para não afirmar com todas as letras que Pelé não havia sido o melhor que vira: "Di Stéfano jogava em todas as posições, Pelé era apenas atacante", "Nós, os jogadores que treinavam todos os dias com Zizinho, apenas o chamávamos de Mestre, nunca pelo nome", e coisas parecidas.
Evaristo é inteligente e sabe que qualquer coisa diferente faria o Galvão cair em cima dele (o programa era o Bem amigos).
Certa vez, Cerezzo afirmara que Reinaldo havia sido o melhor jogador que vira jogar, conquistando assim o descontentamento de Pelé, que teria dito "É o primeiro brasileiro que não escolhe nem a mim nem ao Zico".
Em tempos em que todos acreditam que Valdívia é um grande craque, a coragem de Di Stéfano é bem-vinda.

Um comentário:

Arthur Virgílio disse...

Opiniões tem que ser respeitadas independente de raça,cor,nacionalidade e clero. Acho que Pelé lembra as vezes o Rogério Ceni, pois ambos não gostam de serem contestado e pensam que são quase unanimidades.