quinta-feira, maio 08, 2008

Mais repetições

Em 97, a diretoria do Cruzeiro houve por bem contratar alguns medalhões exclusivamente para a disputa da Final de Tóquio.
Se fosse um jogador só, seria um reforço; mas, como eram quatro, o que parecia haver era desconfiança para com o elenco que conquistara a Libertadores.
O desfecho é história.

Ano passado, Dorival Júnior fez um bom trabalho e como recompensa ganhou a demissão. O Cruzeiro foi atrás de um "nome mais experiente" e, na falta de Scolari, contratou ... Adílson Batista.
Contudo, considerando que do outro lado estava o Boca, a derrota de ontem não foi tão avassaladora quanto a do Flamengo.
O América mexicano se comportou ontem como o carioca dos bons tempos: espantou o favoritismo do Rubro-negro numa goleada que nem o mais fanático vascaíno esperava.
A lista de dejà vu que o jogo de ontem proporciona é bem maior.
Os mexicanos se igualam ao Uruguai. A euforia despropositada em torno de um time que tem como expoentes Leonardo Moura, Obina e Tardelli tomou um choque de realidade ontem. Mas não toma as proporções de 1950, pois não calou o Brasil, tampouco o Rio de Janeiro: vascaínos, tricolores e botafoguenses não estão nada tristes.
O Lance! fala em maior vexame da história.
Não é preciso ir muito longe para saber que é, no mínimo, o segundo maior.



A diferença principal entre as histórias de Cruzeiro e Flamengo na noite de ontem é a perspectiva futura. O time celeste é mais coeso e perder do Boca não é demérito. O time tem feito campeonatos bons regularmente e deve se sair bem no Brasileirão. Já o Flamengo pode ter rompido o encanto gerado pela supervalorizada reação do ano passado. Basta ver que a torcida já não está tão iludida.
O Flamengo, grande campeão estadual dos últimos dez anos, precisa consertar muita coisa para ressurgir como clube realmente grande no cenário nacional.
Por enquanto, o sonho da Libertadores foi para o túmulo

5 comentários:

Anônimo disse...

Concordo e muito com o post.

Perder pro Boca, mesmo em casa, é até aceitável. Agora tomar uma virada dessa histórica diante do América que é lanterna daa liga mexicana faz qualquer técnico cair.

E alguns dizem que a culpa foi do pé frio do Caio Jr.

Anônimo disse...

Não imaginem vocês que nós, flamenguistas, estamos tristes pela eliminação da Taça Libertadores da América. Papai Joel se vai mas nos deixa com o título mais importante do Universo, a Taça Goiabada, digo, Guanabara. Afinal de contas é isto que realmente importa para nós, legítimos rubro-negros. O resto é resto.

Anônimo disse...

Rafael disse:
Nada mais corriqueiro que um fiásco do Mengo, nos últimos tempos tem sido assim...um gigante que encolheu e agora só vence esses torneios de várzea que ocorrem anualmente no Rio de Janeiro...
Já o peixe com a sabedoria e experiência das batalhas de uma Libertadores vai para Colômbia com toda precaução, sabendo que não existe já ganhou....afinal, que tem Cúcuta, tem medo!

Sidarta Martins disse...

A década está a acabar, vamos ser o que o Fla conseguirá fazer até 2010.

Mas, por mais que se possa falar que não ganha nada fora do Rio, enquanto tiverem essa torcida, sempre será um time com um potencial enorme.

Anônimo disse...

o jogo do flamengo foi o mais sobrenatural do universo. nesse jogo contra o santo andré, faltou tudo, a começar pela tal da "raça". mas ontem...ontem parecia que ia dar tudo certo. foi simplesmente inexplicável.

tomar unzinho, sem querer, jogando mal...isso acontece. perder de 3 do jeito que foi...não. por isso que, pelo menos em mim, doeu muito mais a derrota de ontem do que a para o santo andré.

o jeito é tentar continuar otimista. o flamengo tem melhorado nos últimos anos. nos anos 90, foi um horror. depois começamos a ir melhro no estadual...e na copa do brasil. o brasileiro parece estar mais encaminhado - a reação do ano passado foi linda (e iludiu muita gente mesmo). esse ano, embora o time seja medíocre, pelo menos o planejamento foi melhor...basta lembrar que no ano passado metade do time foi contratado no meio do campeonato só.

vamos ver, vamos ver