terça-feira, março 29, 2011

Dentinho e Dagoberto

Certa vez, um torcedor do Corinthians me fez a seguinte a afirmação: "Dagoberto é o Dentinho do São Paulo".
O motivo da comparação era a inconstância dos dois. Arrebentavam em determinados jogos e depois ficavam várias partidas na mediocridade.
Depois do jogo de domingo, eles parecem ainda mais próximos. Provaram que podem decidir um jogo. Para o bem e para o mal. As expulsões foram frutos da desatenção e de um certo descompromisso com o jogo e a equipe. Ambas em momentos que seus respectivos times poderiam se impor na partida.
Dagoberto começou este ano melhor do que esteve boa parte do ano passado. Chegou até a ser usado como um dos motivos da desclassificação da Libertadores de 2010, o que é um exagero; em resposta, contestou a liderança de Ceni no São Paulo, o que é pouco inteligente. Neste ano, fez gols e passes decisivos. E foi expulso tolamente.
Dentinho, por sua vez, parece fora de foco. Acredita muitas vezes que é o craque que vislumbrava ser no começo de carreira e provou não saber ganhar nem perder. Quando ganha, quer provocar o adversário; quando perde, machucá-lo.
Vampeta, que jogou com o famoso Bruno Bonfim no começo de carreira, soltou uma afirmação contundente no Mesa Redonda do último domingo. Para ele, algo está errado quando Dentinho demora um ano para fazer oito ou dez gols e Liédson os faz em dez partidas.
Em comum, Dentinho e Dagoberto parecem não cumprir aquilo a que estavam designados no início de suas carreiras.
Seria bom - para eles, para seus clubes e para o futebol - que se recuperassem e concentrassem seus potenciais para chegar mais perto da condição que faziam prever.

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