segunda-feira, março 28, 2011

História para o futuro

Neste momento, não convém cair na histeria barata de certos torcedores.
A boçalidade tem sido alimentada pela idiotia de dirigentes.
A imprensa ainda ajuda incutindo tolice na cabeça de seus seguidores.
Essa história de tabu só é boa para vender jornal, se alguém ainda compra. Era o "tabu" a favor do Corinthians, como já havia sido a favor do São Paulo.
Basta ver que esse dimensionamento "quatro anos" é enganoso. É computado nesse tempo, por exemplo, a temporada do Corinthians na série B.
O que houve foram quatro empates e sete derrotas. Contudo, nenhum desses jogos valia grande coisa. No máximo, uma vaga na final do Paulistão, o que não muda a história de nenhum dos dois times. No passado recente dos dois, Internacional, Flamengo, Grêmio e Goiás interferiram mais do que eles entre si.
O jogo de ontem também não valia nada, mas entra para a história pelo feito de seu protagonista.
Rogério é um dos três melhores goleiros de sua geração. Tecnicamente, o melhor deles era Dida, que foi o primeiro a parar. Em condição de espetáculo, ninguém supera Marcos num dia inspirado. Rogério, por também fazer gols, tem às vezes sua regularidade desprezada.
O mais interessante entre esses três é que, embora não sejam amigos de convivência constante, respeitam-se muito. Basta lembrar a imagem de Dida cedendo lugar para Rogério no jogo contra o Japão, na Copa de 2006. Ou pouco antes, naquele mesmo ano, Rogério comentando que seria importante ter Marcos no grupo.
Essa atitude de respeito parece passar longe dos histéricos alimentados pela mídia.
Hoje, Ganso é só do Santos, Liédson é só do Corinthians, Kléber é só do Palmeiras.
Em vez da admiração, cultiva-se a raiva. Uma pena.
Quando os tempos mudarem, será possível perceber com mais clareza que ontem foi um dia histórico.






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