domingo, setembro 11, 2011

Dois grandes jogos

Dois grandes jogos prenderam espectadores à poltrona ontem.
E nenhum deles era de futebol.
O primeiro foi o exaustivo e brilhante combate entre Roger Federer e Novak Djokovic.
Federer é, sem nenhum favor, o maior tenista de todos os tempos. E, ainda que tenha perdido a liderança do ranqueamento para Nadal e para seu último adversário, sua superioridade não deixa dúvidas. Mas é uma superioridade elegante, sem que ele precise arrogar-se qualquer destaque.
Enquanto Federer jogar, sempre haverá o contraponto: Fulano é o líder, mas Federer ainda é o melhor.
Basta lembrar que com dois atletas fortíssimos como Nadal e Djokovic na ativa, o suíço ainda é o que mais lhes incomoda.
Ontem, mais uma vez, Federer perdeu após ter dois match-points na mão. Mas Djokovic é o mais "brasileiro" dos tenistas. Não desiste nunca. Depois de perder os dois primeiros sets, buscou a igualdade. E, quando a fatura parecia liquidada, encontrou soluções inesperadas, ganhou a torcida e o jogo.
Pela primeira vez desde 2003, Federer passará uma temporada sem vencer um dos quatro principais torneios.
Ultimamente, Federer tem deixado escapar vitórias certas e parece um pouco abatido e sem motivação em alguns jogos, como se quisesse provar a si mesmo que não é possível ser tão superior.

O segundo jogo foi a classificação do Brasil para as Olimpíadas no basquete masculino.
Um jogo disputado e nervoso e que mostrou que no basquete, como no tênis, não se pode baixar a guarda em nenhum instante.
Destaque para os Marcelinhos. Se Huertas deu novo sentido à palavra "liderança" ao puxar a reação desse grupo, Machado ontem purgou todos os insucessos que teve à frente da equipe nacional. Huertas com 19 e Machado com 20 pontos, fizeram da armação a principal virtude brasileira. A ela, deve juntar-se o esplendor do pivô Varejão, que deve retornar. Bons coadjuvantes, Alex, Splitter e Rafael mostraram a importância de um time coeso, que dá esperança de um bom papel em Londres.
Mas não se pode esquecer de Magnano. Um técnico genial, estudioso, motivador e discreto. Um mestre do ofício sem os estrelismos de Luxemburgo e Bernardinho.
Uma lição para muitos técnicos de futebol. E, ressalte-se, Magnano custa por ano (250 mil dólares) menos que muito professor de prancheta.

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