sexta-feira, abril 13, 2012

História improvável

O futebol providencia histórias que parecem improváveis.
Ontem à noite, uma delas foi escrita.
O Flamengo precisava vencer o seu jogo contra o Lanús e torcer por um empate entre Emelec (EQU) e Olímpia (PAR).
O rubro-negro vencia seu confronto por dois tentos a zero (Welinton e Deivid) e o placar seguia inalterado no Paraguai. Mas no último minuto do primeiro tempo, Castorino abriu o marcado para o Olímpia. O resultado tirava o Flamengo.
Certo desânimo no Engenhão, mas ainda havia 45 minutos para torcer. E - mais importante - o Emelec tinha chances de classificação; por isso, era certo que tentaria empatar.
O Flamengo voltou disposto a reforçar sua parte na missão. Aos 4, o terceiro gol (Luís Antônio). Dessa vez, o torcedor tinha certeza que não viria um empate.
A única igualdade que importava foi feita por Mondaini no Paraguai, aos 23 minutos da segunda etapa. A torcida no Engenhão vibrou com o gol do Emelec.
Porém, aos 43, embalado pela possibilidade de classificação, o Emelec virou o placar com Mena.
Foi quando acabou o jogo no Engenhão e os rubro-negros saíram entre orgulhosos de seu feito e apreensivos com o resultado no Paraguai.
Então, veio o anúncio do improvável: gol do Olímpia, com Zeballos.
Nesse momento, os flamenguistas vibravam, o espectador neutro ficou contente em presenciar um instante histórico e os outros times classificados para as oitavas começaram a temer o Flamengo.
Leonardo Moura dava entrevista satisfeito ao canal de tevê. Ficou sabendo que já eram 47 minutos do segundo tempo.
Mas a história não tinha acabado. O Emelec se classificou com um gol de Quiñones aos 48. 3 a 2. Os jogadores do Flamengo choravam em campo. Os torcedores se entristeciam ou se revoltavam.
A única certeza é que foi uma história improvável. Imagino que tenha sido contada com mais entusiasmo no Equador.

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