sábado, outubro 06, 2012

Para não falarem que não falamos

Muitos assuntos poderiam/deveriam ter sido comentados por aqui nos últimos dias.
Calhou, contudo, de uma onda de inatividade atingir todos os nossos colaboradores.
Para depois não dizerem que Na Cal passou em branco, falemos a destempo sobre alguns deles.

Ganso

Ganso começou a aparecer no futebol como substituto de Lúcio Flávio em 2009. Em 2010, sua atuação no Campeonato Paulista fez com que muitos pedissem sua convocação para a Copa. Preterido por Dunga, foi logo comparado a Falcão, unanimidade em 1978 e esquecido por Cláudio Coutinho.
Àquela época, havia a discussão sobre quem era melhor: ele ou Neymar.
Em 2011, jogou pouco, mas participou da final da Libertadores, sagrando-se campeão com o Santos.
Neste ano, foi novamente campeão paulista.
Ganso se apresenta para muitos como ponto de interrogação, uma vez que suas sucessivas contusões e a atribulada gestão de sua carreira o distanciaram de seu melhor futebol, a ponto de hoje não haver comparação entre ele e seu ex-companheiro Neymar.
A aposta do São Paulo é arriscada, mas viável. Os maiores problemas continuarão sendo sua gestão e as contusões. A mudança de ares, entretanto, pode arejar sua mente e resgatar seu melhor futebol.

Alex


O episódio da saída de Alex do Fenerbahçe é uma daquelas histórias estranhas do futebol: um ídolo é posto de lado por vaidades de seu treinador, com aval do presidente do clube, poucas semanas depois de ser homenageado com uma estátua por uma das torcidas mais fanáticas do mundo.
A versão corrente é a de que o treinador, que foi jogador do Fenerbahçe, queria evitar ser superado pelo meia como maior artilheiro da história do clube. Além disso, a veneração ao atleta parece ter incomodado os próprios dirigentes.
Contrato desfeito, Alex é uma boa opção para os clubes brasileiros.
O meia já afirmou que prefere voltar para uma das equipes em que já atuou. A decisão parece sensata: recomeçando num lugar onde já tem aceitação, o atleta minimizaria os efeitos do regresso.
Nos últimos oito anos, o torcedor testemunhou apenas os bons lances de Alex (gols, passes e títulos), não o viu jogar mal. Retornando ao convívio diário da torcida brasileira na condição de grande reforço, as cobranças seriam maiores se estreasse nova camisa em sua carreira.

O Apagão


Na sabedoria popular, diz-se que o primeiro respeito que se deve conquistar é o próprio.
Tendo isso em mente, a cena de uma Seleção impedida de jogar por causa de um blecaute, estática num estádio de quarta divisão e substituída por um remake de novela, pode ser uma metáfora esclarecedora.


Um comentário:

Sidarta Martins disse...

Foi o melhor jogo. Nenhuma falha da defesa.