domingo, janeiro 07, 2007

Os nomes e os nômades

Existe algum craque que se identifique por gentílico? Puxei pela memória e não descobri. Coincidência ou não, boa parte dos que se nomeiam pela origem é de jogador nômade que, não consegue se diferenciar apenas pelo futebol. Alguns deles até são ou foram bons jogadores (Marcelinho Carioca e Renato Gaúcho), mas trocaram tanto de camisa que é mais fácil serem lembrados por sua terra natal.
Craque de verdade se apresenta por apelido: Tostão, Pelé, Didi, Garrincha, Zico. Ou pelo nome de batismo: Gérson, Sócrates, Jair, Leônidas, Ademir, Reinaldo. E, então, quando surge um homônimo, que este se diferencie. E as pessoas então falam: "Não estou falando daquele Gilmar, mas de outro". Ou vira Leônidas da Selva.
Claro que me refiro aos jogadores brasileiros. Lá fora é aquela coisa sem graça, parece lista telefônica. Aqui, poucos são lembrados pelo sobrenome: Falcão, Rivellino.
Uma escalação repleta de Pereiras e Silvas, Santos e Machados não empolgaria ninguém por aqui. Nestas plagas, nome de família serve normalmente para aquela pergunta("Você sabe com que está falando?") e é usado por beque ou jogador sem muito brilho mas bem relacionado. Alguns deles até se arrogam a história do futebol brasileiro.
Ultimamente, os empresários têm colocado nome de imperador ou de general do exército em seus jogadores. Fica aquela coisa de Bruno Octávio, Rafael Sóbis, Leonardo Moura.
Mas nem tudo está perdido. Ontem na Copa São Paulo, vi o Alan Kardec no Vasco. Hoje, tem o Lulinha no Corinthians.

4 comentários:

cesare r. disse...

& o tal do Lulinha jogou bola!
cês viram que no SPFC apelidos que remetam a pessoas são proibidos? coisa de bambi...

Sidarta Martins disse...

Por hora vai ficar. Mas veja, L. Tormenta, que procura-se não ficar nas ofensas óbvias aqui.

Tenta dar uma caprichadinha no próximo comentário.

marcio cenzi disse...

deixa o cara, sidarta.'
não é toda hora que alguém de sjbv acessa.
a chance de eles ganharem algo é na copa sp. neste ano, nem carnaval vai ter.

cesare r. disse...

tudo bem, tudo bem...
sem mais "ofensas" diretas, prometo.