segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Futebol universal

Em meu sossegado carnval de 2008, matutei um pouco sobre o porquê do futebolzinho nosso de cada dia seria o que é para muita gente. Algo que está no coração de tantas pessoas não pode ser só o ópio do povo, como muita gente falava e fala por ai. O google meu mostrou que há 35.700 indicações para a busca futebol ópio do povo. É, pra mim, com todo o respeito, incopreensível que alguém escreve algo como isto:

(...)deve haver uma justa medida entre o lazer e a vida ordinária. Quando o lazer (futebol) toma o centro da vida, desloca nossa atenção para fatores talvez não tão importantes, agindo como um entorpecente, que ameniza as dores da vida, criando um mundo paralelo alegrado artificialmente. Trecho do texto Futebol e Política - Ópio do povo.

Nessa toada, creio que muita gente, se fosse coerente, acreditaria que sexo é terrível, cervejinha com amigos, então, é obra do Adam Smith e, por fim, comemorar uma conquista de Copa do Mundo é o momento dos mais altos lucros pecaminosos de Wall Street.

Pra mim é tudo mais simples. O segundo mais famoso macedônio já dizia que o homem é um ser social. Quem quiser que vá argumentar com ele.


É simples e funciona:


Acho que seria um exagero colocar o futebol ao lado do a priori do Kant. Mas é quase isso, ou o mais perto que se conseguiu chegar desse conceito. Ou algo, tal como o futebol, colocaria todos os seres humanos juntos? Pode muito bem ser por isso que o futebol tem como potência máxima o Brasil. Qual canto do Mundo alguém de fora consegue se integrar tão rápido e bem quanto por aqui?


Não resisti e fui dar uma olhada no que há sobre Kant e Futebol na net também. Osvaldo, aluno do Direito da UFES, escreveu: Kant vai ao terceiro tempo. Basicamente, coloca que Para Kant, se todo os goleiros se adiantam, isso não constitui motivo para que o goleiro que deseja seguir a razão pura se adiantar também. Pode ser até ser, mas há que considerar a legitimidade da regra.

Achei outro texto interessante:

A moral e a ética do carrinho no futebol: uma visão histórica e atual
Além de reprovarem o carrinho com fundamentos filosóficos, o fizeram um histórico das vítimas fatais mais famosas dos carrinhos. Tem, dentre outros, o Cláudio Adão em 76 no Santos e o Nelsinho no Flamengo de 90.

Com apoio do sítio em que a Columbia University Orchestra difunde música clássica em mp3, fica uma tentativa minha de representar a universidade kantiana do futebol:

Abraços,

6 comentários:

Dennys Robson Girardi disse...

Ol�,

Gostei de sua reflex�o. A que fiz sobre o futebol ser o �pio do povo � uma alus�o ao fen�meno "Copa do Mundo", quando o futebol ocupa todo o espa�o na m�dia, escondendo o que se passa nos bastidores da pol�tica.

Valeu...

Grande abra�o,

Dennys

Anônimo disse...

acho que por mais que existam teorias, é dificil explciar essa atração que o futebol exerce...

Abraços

Arthur Virgílio disse...

Cuma?

Jefferson Nogueira disse...

Muito interessante....abraço

Vinicius Grissi disse...

Concordo que o futebol é realmente um "motivo" de união e de festa, e que não deve haver preocupações quanto a isto.

Anônimo disse...

Pra mim: futebol é lazer, educação, cultura e algumas vezes... arte!
Parabéns, achei as ilustrações bem criativas...