sexta-feira, junho 10, 2011

Vasco Gaúcho

Há uma lenda que corre no meio futebolístico: a de que o Grêmio revigora carreiras.
Basta ver que muitos jogadores têm em Porto Alegre uma espécie de ponto da virada. Carreiras que não engrenavam ou que já estavam em baixa foram refeitas muitas vezes no Tricolor Gaúcho. E isso não acontece apenas com jogadores. Basta lembrar que antes da "Batalha dos Aflitos" ninguém dava muita confiança a Mano Menezes. E, se ele tivesse perdido aquele jogo, é bem provável que retornasse aos clubes pequenos do interior do Rio Grande do Sul.
Porém, neste primeiro semestre, quem parece ter assumido o papel de reestruturador de carreiras é o Vasco da Gama.
Lá se reuniram uma série de "renegados". A começar pelo técnico. Quando da contratação de Ricardo Gomes, corriam piadas de mau gosto que diziam que, se no São Paulo ele tivera um princípio de derrame, enfartaria no Vasco.
Juntaram-se a ele Diego Souza e Éder Luís. Felipe, rejeitado pelo próprio Vasco, permaneceu. Alecsandro, embora sempre eficaz, foi preterido no elenco de estrelas coloradas. Havia, ainda, a novidade de Bernardo.
No Estadual, a equipe não foi bem. Mas, provando que o começo de ano é enganador, o time se reconstruiu. E rendeu bem para um campeonato curto como a Copa do Brasil.
É evidente que em determinado momento a inconstância já conhecida de Diego Souza, Éder Luís e Felipe dará as caras. Contudo, o título e a chegada de Juninho Pernambucano propiciarão a calmaria nas relações com a torcida.
Em outras palavras, o Vasco perdeu o Carioca, mas ganhou o ano.

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