Quem acompanha este blogue sabe que sempre considerei Ronaldinho Gaúcho um jogador sobrestimado, mesmo na época de Barcelona.
Os grandes lances de Ronaldinho (aqueles que fizeram a fama de seu "jogo bonito") foram quase sempre contra rivais menores: Dunga em fim de carreira, seleção da Venezuela, times pequenos da Espanha. Quando teve que resolver, ele era mais discreto. Belletti, por exemplo, foi quem definiu a Champions. E Pato ganhou o Mundial de Clubes em 2006.
O fato de não considerar Ronaldinho Gaúcho o grande craque que antes todos viam não dá o direito de enxergar hoje nele um perna-de-pau.
O torcedor de futebol, como não pensa muito, esquece rápido. Mas Ronaldinho protagonizou a partida mais emocionante do ano passado (Flamengo 5 x 4 Santos). Além disso, realizou boas partidas e garantiu o Flamengo na Libertadores deste ano. Esses fatos servem, aliás, para dimensionar a chamada "competitividade" de nosso certame nacional.
Sem receber, deixou o Flamengo. O que é seu direito. Agora, o rubro-negro tenta desqualificar o jogador e aponta suas faltas e falhas. Assim procedendo, o Flamengo só mostra ser coerente: errou em contratar, errou em não pagar, errou em não punir.
Curiosamente, os clubes brasileiros fecharam (ou fingiram que fecharam) as portas a Ronaldinho. Tomara que esse seja um sinal de prudência financeira, pois poucos times têm um jogador da mesma qualidade para fazer sua função. As exceções são Fluminense, Santos, Grêmio e Internacional. Em São Paulo, por exemplo, caberia em qualquer time do Trio de Ferro.
Num cenário assim desenhado, Ronaldinho e o Galo arriscaram um casamento de conveniência. Se render o que rendeu no Flamengo em 2011, Ronaldinho será o melhor jogador do Galo em tempos e poderá engendrar a melhor campanha do time mineiro na era dos pontos corridos.
Sairão ganhando o Atlético, o atleta e o campeonato.
Um comentário:
Ronaldinho apenas procurando um lugar para se aposentar
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