domingo, novembro 11, 2012

Dez anos esta tarde

Nesta tarde, às cinco da tarde, Palmeiras e Fluminense se enfrentarão. E, mesmo que não se definam já o campeão e os rebaixados, um ciclo será fechado.
Iniciada com cem anos de atraso, a disputa por pontos corridos serviu para aclarar algumas coisas no futebol brasileiro.
Em primeiro lugar, escancarou o amadorismo dos dirigentes de nosso futebol profissional. Acostumados ao jeitinho e às viradas de mesa, muitos clubes foram surpreendidos pela inclemência da tabela de classificação.
Encerrada uma década de disputa nos atuais moldes, é curioso notar que apenas seis clubes estiveram presentes em todas as dez edições: Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Internacional, Santos e São Paulo.
Principalmente partir de 2006, com a estabilização do número de participantes (20) e rebaixados (04), o descenso passou a ser uma punição temível e temida por agremiações e torcedores.
Com isso, o planejamento ganhou importância e os clubes começam a adequar suas ambições. Se antes, chegar entre os oitos primeiros bastava para a tentativa de ser campeão, hoje o título não é objetivo de todos os torcedores realistas.
Cada agremiação proporciona à sua plateia metas condizentes com suas possibilidades: manter-se na primeira divisão, a Sul-Americana, a Libertadores, o título.
Nas edições do campeonato por pontos corridos, contabilizando o provável êxito do Fluminense, apenas seis times alcançaram o primeiro lugar: Cruzeiro, Santos, Corinthians, São Paulo, Flamengo e Fluminense.
Percebe-se que, entre as listas dos mais assíduos e dos campeões, a única diferença é a presença/ausência de Corinthians e Internacional em cada uma delas.
Não é preciso muito tirocínio para constatar que os clubes mais habituados à fórmula de disputa são os mais propensos a vencê-la.
Resta esperar o que reserva a próxima década.

Um comentário:

Sidarta Martins disse...

ACBF poderia ceder o especialista Mano Menezes para o Palestra. O especialista tem uma história na Segundona. Bom para a Turiassú e para o q ficava na Alfândega.